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A herança e seus herdeiros: compreendemos o real valor do legado?

por Plataforma Brasil
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A herança e seus herdeiros: compreendemos o real valor do legado?Por Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial.

Instituto secular presente nos mais antigos registros jurídicos e normativos da conduta civil, o direito a herança[bb] sobrevive firme e forte em todas as sociedades onde o mínimo de civilidade e senso patrimonial vigora. Herança essa que é um alicerce fundamental no sistema de sucessão, mas muitas vezes também um fardo, na medida em que gera problemas para muitas famílias.

É claro que receber uma herança significa herdar direitos e deveres, o que é essencialmente interessante, mas também complicado: o estresse e as confusões aparecem precisamente por conta das consequências futuras que podem se originar em uma mentalidade pautada na certeza (muitas vezes ingênua) de um futuro economicamente forrado de recursos.

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Explico. Existem diferentes formas de se encarar um potencial patrimonialmente confortável. Alguns encaram como uma plataforma para prosseguir em uma trajetória sólida e crescente de geração de riqueza e realização. Estes, em geral, estão ancorados em formação, educação financeira, apetite empreendedor[bb] e trabalho, muito trabalho. Eles sabem o que é respeitar um legado. Mais, sabem o que é dar valor ao que a família construiu.

Mas há os acomodados. E, não nos enganemos, não se trata necessariamente de preguiça ou indisposição individual, mas na maioria das vezes de pura e brutal ingenuidade. Uma ingenuidade econômica que não considera a possibilidade de nenhuma pedra no caminho, não compreende os ciclos da acumulação patrimonial e desconhece os mecanismos da avassaladora mobilidade social que vivenciamos, desde sempre.

O fracasso em lidar com o patrimônio nasce na perigosa acomodação, muitas vezes dotada de raízes culturais. Essa realidade acaba por resultar em uma dinâmica deficiente, onde um grupo menos abastado encontra a sua ascensão no momento em que outro mais rico se enfraquece e mergulha. E é bom deixar claro que não torço contra os ascendentes, mas seria bem melhor que não houvesse o mergulho daqueles um dia ocuparam o topo.

Trata-se, portanto, de uma questão de musculatura econômica e patrimonial, onde uma sociedade mais rica se forma pela soma e não pela decadência cíclica. Quem não conhece a velha história do velho trabalhador, sucedido por um filho rico que gerou um neto nobre e que, dependendo da mentalidade, gerará um bisneto pobre? Uma história triste construída com absoluta ignorância financeira, e perfeitamente evitável. Um desrespeito ao legado.

Tampouco defendo a sucessão cega, onde herdeiros precisem abrir mão de suas aspirações próprias para se enterrarem vivos em trabalhos e responsabilidades que detestam. Penso que a preservação patrimonial passa longe da necessidade de se seguir a mesma trajetória profissional dos nossos progenitores; ela passa, ai sim, na educação econômica – que propicia a nítida percepção de que o dinheiro não suporta desaforos e de que nada substitui a força criadora do trabalho.

Que não existam ilusões! Nesse exato momento, fortunas estão sendo construídas nos sonhos[bb], no esforço e na capacidade criadora daqueles que anseiam por um lugar ao sol. E, também nesse exato momento, inúmeros herdeiros afortunados tomam o seu banho de sol, distraídos e cegos na certeza de que nenhuma nuvem o ofuscará. Será?

Você provavelmente conhece histórias bastante interessantes sobre herdeiros e heranças. Que tal compartilhar seu aprendizado conosco no espaço de comentários abaixo? Até a próxima.

Foto de sxc.hu.

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