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A poupança e os hábitos financeiros do brasileiro

por Conrado Navarro
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A poupança e os hábitos financeiros do brasileiroAs mudanças na caderneta de poupança parecem mesmo uma questão de tempo. Pouco tempo. Segundo apurou o jornal Valor Econômico, algum posicionamento oficial sobre o tema deve sair até o final desta semana. Para quem não acompanhou de perto a discussão, sugiro a leitura do artigo “A caderneta de poupança atraente demais”, publicado recentemente aqui no Dinheirama. A crise e a insegurança causada pela discussão fizeram com a que poupança registrasse mais saques do que depósitos nas últimas semanas. Ouça ao final do artigo o podcast em que trato do assunto.

A verdade sobre as mudanças parece ser a seguinte:

  • Alíquotas de Imposto de Renda da renda fixa serão alteradas. Atualmente, quem investe em fundos de renda fixa paga 22,5% de IR sobre os ganhos quando decide manter o dinheiro[bb] aplicado por até seis meses. A alíquota vai diminuindo, passando por 20% (de seis meses a um ano), 17,5% (de um a dois anos) e termina em 15% (para mais de dois anos). A medida que deve ser adotada para aumentar a competitividade destes produtos deve ser a mudança do teto, que passará a ser de 15% – e não mais 22,5%. Em outras palavras, a alíquota máxima seria de 15%;
  • IR para cadernetas de poupança “inchadas”. Cerca de 93% dos usuários das cadernetas possuem aportes de até R$ 5000,00. A idéia do governo é que estes pequenos poupadores não sejam afetados, mas que quem mantém muito dinheiro na poupança pague IR referente aos ganhos via declaração anual. O teto e a alíquota não foram apresentadas, mas a medida parece ser a mais atraente aos ouvidos do Presidente Lula. A razão é óbvia: mexer na rentabilidade da poupança em véspera de eleição pode derrubar sua popularidade, o que atrapalharia bastante os planos da base governista. A solução, no entanto, seria paliativa e só entraria em vigor em 2010, aparecendo apenas na declaração de IR de 2011.

Outras mudanças, como atrelar o rendimento da poupança a um percentual da Selic (discute-se 65%), aumento da carência dos depósitos (hoje de 30 dias) ou mesmo mudar o cálculo da TR também foram ações cogitadas pela equipe econômica, mas não ganharam popularidade entre os políticos. A verdade é que algo será feito, mas sem que haja efeitos colaterais no bolso do eleitor. O sonho seria notar maior competitividade entre os produtos de renda fixa, com taxas de administração mais baixas.

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No programa Futura Dinheiro, veiculado todas as terças às 11h na Futura FM 106,9 e aqui disponibilizado como um podcast, tratei desta e de outra questão de suma importância no nosso dia-a-dia: quais os hábitos financeiros dos brasileiros e como eles influenciam suas decisões de investimento[bb] e poupança? Ouça o programa de hoje e deixe seu comentário.

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Lidar com o dinheiro é mais do que apenas vê-lo passar por nossas mãos. Negociar, comprar bem e investir são hábitos existentes no cotidiano das pessoas e investidores[bb] bem-sucedidos. O que você está esperando para agir como elas e agintir o merecido sucesso? Estude, informe-se, leia bastante e aprenda a questionar aquilo que antes parecia um tabu. Seu bolso merece atenção. Até a próxima.

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Conrado Navarro
, educador financeiro, formado em Computação com MBA em Finanças e mestrando em Produção, Economia e Finanças pela UNIFEI, é sócio-fundador do Dinheirama. Atingiu sua independência financeira antes dos 30 anos e adora motivar seus amigos e leitores a encarar o mesmo desafio. Ministra cursos de educação financeira e atua como consultor independente.

Crédito da foto para stock.xchng.

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