O mercado acionário não se move de uma forma linear por um período prolongado, e sim é composto de “topos” e “fundos” que, pela sua direção, compõem uma tendência. A união dos topos ou dos fundos forma a linha de tendência.
A linha de tendência mensura a velocidade de uma tendência, o chamado “zig-zag”. Com isso ela é uma das mais importantes ferramentas para acompanhar o movimento dos preços e as expectativas do mercado. Em uma tendência de alta, constituida por topos e fundos ascendentes, a linha de tendência de alta (conhecida como LTA) é constituída pela união dos fundos.
Em uma tendência de baixa, constituida por topos e fundos descendentes, a linha de tendência de baixa (conhecida como LTB) é constituída pela união dos topos.
Verificamos que no gráfico abaixo, do Banco do Brasil, a ação ficou por aproximadamente 10 anos em tendência de baixa (de 1993 a 2002) e o rompimento da LTB foi importante para identificar o momento que se deu a interrupção da baixa nos preços. Quem comprou essas ações em 1993 demorou mais de 10 anos para reaver o mesmo valor nominal, sem contar com a depreciação monetária causada pela inflação.
Tivesse o investidor
No exemplo abaixo, apresentamos o gráfico do Ibovespa, que apresentou forte alta de 2003 a 2008 e sinalizou bons pontos de compras quando o candlestick efetuou reversão na LTA. Com isso, observamos que a LTA foi respeitada por todo esse período com tendência de alta.
Em nosso próximo artigo seguiremos na introdução dos conceitos fundamentais da Análise Gráfica e apresentaremos os canais.
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Leandro Martins é economista com MBA em finanças pela USP e FIPE e com mestrado em economia na Universidade de Grenoble (França). Profissional de Investimento certificado com o CNPI registrado pela CVM, fundador do site www.seuconsultorfinanceiro.com.br e autor do livro “Aprenda a Investir – Saiba Onde e Como Aplicar Seu Dinheiro” (Editora Atlas).
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