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Análise Gráfica: ponto de partida!

por andremotta
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Análise GráficaA maioria dos investidores pessoas físicas, quando resolvem alocar parte de seus investimentos em ações[bb], tem um viés bem característico ao selecionar as empresas cujas ações irão adquirir: dão preferência às empresas de grande porte, bem estabelecidas, conhecidas e lucrativas. No geral, mantêm sempre o foco nos fundamentos das empresas. No entanto, há uma corrente de investidores que prefere trilhar um outro caminho, o dos gráficos.

No início do Século XX, o jornalista Charles Dow e seu companheiro Edward Jones (Dow&Jones te lembra alguma coisa?) começaram a plotar um gráfico diário com a média das cotações das principais ações negociadas na Bolsa de Nova York, num informativo financeiro que posteriormente viria a se transformar no The Wall Street Journal.

Com base neste gráfico, Dow analisava o comportamento do mercado. Suas observações, reunidas posteriormente, resultaram na Teoria de Dow, considerada o fundamento da Análise Gráfica, ou Análise Técnica[bb] como alguns preferem chamar. A teoria sugere ser possível, através dos gráficos, identificar o momento de abrir e fechar uma posição. Em resumo, “padrões” que se repetem ao longo da história sinalizam se há uma probabilidade maior de alta ou queda das cotações naquele momento.

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Dow defendia, entre outras coisas, que a informação não era disponível num mesmo momento para todos investidores e que analisando os gráficos seria possível colher indicações do comportamento do mercado. Da mesma forma, assim que os chamados inside traders (investidores com informações privilegiadas) começassem a operar, seria possível acompanhá-los.

Outro pilar importante da análise gráfica é o de atentar para o fato de que o mercado é operado por pessoas, com sentimentos e comportamentos emocionais que influenciam na tomada de decisão de compra ou venda de uma ação. Os grafistas defendem que é possível identificar padrões, muitas vezes facilmente visualizados, que indicam o “humor” do mercado e como as cotações deverão ser comportar num futuro próximo.

Ao contrário do analista fundamentalista, o analista gráfico não se preocupa se uma ação está “barata” ou “cara”, ele apenas procura visualizar no gráfico se a ação está em tendência de alta ou não, mantendo-se comprado até que algum padrão no gráfico sinalize uma mudança de tendência, momento em que ele, então, desmontará sua posição.

Com o passar do tempo alguns estudiosos se aprofundaram no estudo dos gráficos e deram-lhe alguma sofisticação, criando os chamados indicadores, que em sua maioria são ferramentas de estatística aplicadas aos gráficos, com a finalidade de facilitar a compreensão dos mesmos em determinadas situações. A sofisticação é bem-vinda e ajudou a popularizar os conceitos criados por Dow.

Por sua simplicidade e facilidade de compreensão e uso, a análise gráfica se espalhou pelo mundo e é largamente utilizada por investidores, sejam eles profissionais ou pessoas físicas comuns. Assim, é natural notar uma batalha entre as escolas gráfica e fundamentalista. Batalha esta que nunca determinará um vencedor, uma vez que as duas análises não concorrem entre si, mas se complementam.

Ainda que alguns especialistas não concorde, com a Análise Fundamentalista[bb] indicando as empresas “saudáveis”, que “merecem” receber o nosso suporte e a Análise Gráfica indicando o “timing” de compra das ações destas empresas, o investimento torna-se mais inteligente e interessante.

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André Motta, editor do blog Trader Sem Mistérios, é Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal do ES, pós-graduado em Finanças pelo IBMEC-MG e mestrando em Administração pela FUCAPE Bussiness School (Vitória-ES).

Crédito da foto para Marcio Eugenio.

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