BC mantém Selic em 11% e sinaliza preocupação com crescimento

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) definiu essa semana que o ciclo de alta da taxa Selic se encerrou, ao menos por enquanto. Foi uma das decisões mais aguardadas dos últimos meses – o mercado acredita que ela sinaliza como o Banco Central (BC) vê o atual cenário de inflação no país.

Após nove aumentos consecutivos, o Copom optou por manter a taxa em 11% ao ano. O recado parece ser o de que as altas recentes ainda não se refletiram totalmente nos preços e que isso ainda vai acontecer (e novas altas ainda não são necessárias). Alguns economistas, no entanto, acreditam que após os resultados das eleições os juros voltarão a subir, podendo alcançar 12,5% ao ano em 2015.

O fato é que em 2014 muitas questões surgiram no noticiário econômico, trazendo diversas dúvidas em relação ao crescimento da economia. Atualmente, este crescimento parece ser o principal problema para o governo, que vê todas as projeções do PIB serem revistas para baixo neste ano e com perspectivas ainda piores para 2015. As eleições também prometem mexer com o mercado (clique para ler mais sobre isso).

Um dos pontos que chama minha atenção é que o governo continua gastando muito, e certamente a inflação se fortalece com tantas despesas e um controle pouco eficiente. A gestão precisa melhorar muito para que os gastos sejam direcionados e melhor administrados, e só assim o país poderá investir em ações que realmente promovam o crescimento de forma sustentável.

Como ficam os investimentos com a Selic em 11% ao ano?

Com o atual cenário de juros, os investidores que buscam opções interessantes continuam encontrando ótimas oportunidades em fundos de renda fixa quando comparados com a caderneta de poupança, desde que os fundos tenham taxa de administração máxima de até 1,5%. Fundos com taxa de administração de 2% ao ano empatam com a poupança.

Se você quer investir em fundos conservadores, antes leia os textos abaixo (clique nas opções):

Os juros altos também trazem oportunidades para quem investe no Tesouro Direto, alternativa que oferece títulos que garantem ao investidor rentabilidade atrelada aos juros e inflação. Vale lembrar que o investimento ainda tem como uma das principais características o fato de ser um dos investimentos com maior segurança disponíveis hoje.

Se você pretende investir no Tesouro Direto, mas ainda não sabe como fazê-lo, aproveite e leia os textos abaixo (clique nas opções):

Conclusão

Daqui até o final do ano, a tendência é que poucas mudanças surjam na condução da política econômica. Ao que tudo indica, apenas o debate irá esquentar. Nós, do Dinheirama, vamos ficar de olho na expectativa real de que as reformas necessárias sejam encaminhadas e que o país possa retomar sua trajetória de crescimento, mas com sustentabilidade.

Você acredita em mudanças no sentido de criar as condições para uma transformação no atual crescimento? Qual sua opinião sobre a economia e a política em 2014? Use o espaço de comentários para deixar seu recado. Obrigado e até a próxima.

Foto “Percents”, Shutterstock.

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