O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), banco de fomento brasileiro, tem a participação societária em 30 empresas de tecnologia e sua estratégia de desinvestimento passa pela bolsa, criando a partir daí um pólo de companhias de TI (Tecnologia da Informação).
A ideia não é fundar uma concorrente para a BM&F Bovespa, mas sim aproveitá-la para colaborar com a abertura de capital das empresas com aporte de capital do BNDES. Por isso o título do artigo, o interesse de criar a “Nasdaq brasileira”, mas usando a estrutura da bolsa de valores hoje presente e atuante no Brasil.
De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, além de “desinvestir” vendendo suas ações nas empresas através da bolsa, o BNDES pretende realizar novos investimentos. Para entrar como sócio em empresas a partir de agora, o BNDES faz severas exigências às empresas, que são obrigadas, por exemplo, a integrarem o “Bovespa Mais”, segmento de acesso da Bolsa com regras rígidas de transparência.
O BNDES tem participações em aproximadamente 30 empresas do ramo de tecnologia, entre elas Padtec, BRQ, CI&T, High Bridge, Quality Software, Teikon e Six Semicondutores. Acredita-se que algumas delas estreiem na bolsa já em 2014.
Setor de alto risco
Do ponto de vista do investidor, vale ressaltar que o setor de TI possui a característica de alto risco, pois a cada novo avanço tecnológico feito por rivais algumas companhias podem perder competitividade no mercado. Se o risco representa chances maiores de desvalorização, o mesmo vale para a alta dos papéis. A volatilidade é maior, mas o retorno costuma ser rápido quando se “acerta”.
Outro detalhe interessante diz respeito ao setor de tecnologia da informação, que em 2012 cresceu 10,8% por aqui. Esse número se torna ainda mais expressivo quando comparado com o PIB (Produto Interno Bruto) do mesmo período, que avançou apenas 0,9%.
As ações que buscam levar fomento e competitividade às empresas de tecnologia no Brasil são muito importantes – atualmente o setor já é responsável por 5,2% do PIB do país. Completo dizendo que seria também muito apropriado que outros gargalos, como burocracia e impostos extremamente altos, fossem objeto de mudanças por parte de governo. O país só teria a ganhar. Concorda? Até a próxima.
Fonte: Folha. Foto de freedigitalphotos.net.