Lutamos por melhores condições de vida e trabalho, somos guerreiros. É verdade. Lutamos pelas nossas famílias, para que possam viver dias melhores. Verdade. Nunca desistimos de lutar por nossos direitos e por melhores condições comerciais e financeiras nas negociações em que participamos. Ahn, eh, como assim? Se lutamos para pagar menos, pagar melhor, para viver dentro do orçamento, para ter dinheiro
Continuamos nos endividando de forma irresponsável, seja por pura ignorância financeira ou pela “armadilha do crédito fácil”, atualmente em voga na vida de todos nós. A manchete de ontem (22 de junho de 2008) do jornal Folha de S. Paulo, “Endividamento cresce 47% em 26 meses”, dá a dimensão do problema. De novo, a questão é grave e merece nossa atenção.
Vejamos o que alguns dados do Banco Central evidenciam (lembre-se, isso são fatos):
- Mais de 15 milhões de clientes de bancos têm dívidas acima de R$ 5.000,00, número 47% maior que o medido em dezembro de 2005 e 13,6% maior que a marca alcançada um ano atrás;
- São 80 milhões de clientes com alguma dívida, mesmo que pequena;
- Cada consumidor tem, em média, 3 débitos diferentes (carro, casa e empréstimo);
- O uso do rotativo do cartão de crédito (não pagamento integral da fatura) cresceu 30,4% nos últimos 12 meses, ficando atrás apenas do crédito consignado (crescimento de 31,9%);
- A dívida das pessoas fisicas com os bancos somam R$ 442,4 bilhões. Desse total, 33% (R$ 146 bilhões) vencem em até 180 dias e 16,8% (R$ 74,7 bi) vencem em até 360 dias.
Saem os fatos, entra a opinião
O nível de inadimplência não apresentou alta e permanece entre 6% e 10% no âmbito geral. Parece pouco, mas não é. Dever é ruim, dever e não pagar é muito pior. O especial sobre endividamento da Folha traz depoimentos de pessoas que sofreram com a onda consumista, contraíram dívidas altas e hoje vivem com grande parte de seu salário comprometido. Paulo de Araujo, um dos jornalistas responsáveis pela reportagem, alerta que:
“A expansão do crédito estimula a economia, mas ao mesmo tempo leva os consumidores a um beco sem saída. Após a gastança, incentivada pelo crédito farto, muitos se vêem atolados em dívidas e acabam vivendo um pesadelo. A pressão das empresas de cobrança, a baixa auto-estima e até mal estar físico fazem parte do relato dos endividados”
Se todos os devedores de hoje viram a auto-estima se abalar por não ter o bem desejado dias ou anos atrás, hoje têm nela problema ainda mais grave. A baixa auto-estima decorrente das dívidas é mais danosa que aquela gerada pela necessidade de status e afirmação na sociedade. As saídas para situações de endividamento – críticas ou não – passa por duas importantes atitudes:
1. Tenha um planejamento financeiro. Sempre. Cuide do seu dinheiro
2. Dê um basta nas tais “armadilhas” do crédito. Seu gerente do banco é bonzinho, sempre trata você e sua família com cordialidade e adora pedir “favores”, não é? Ah, claro, ele sempre tem ótimas condições para empréstimos, convencendo-o a tomá-los ainda que você não tenha necessidade. Pois é, ele é um profissional tentando sobreviver. Você, a outra ponta, deve fazer o mesmo, o que exige uma atitude bastante simples: agradeça os freqüentes contatos, mas diga NÃO!
O Dinheirama já publicou outros artigos sobre endividamento
- Equilibrando patrimônio e dívidas
- Devo e não nego, mas não consigo pagar
- Enfiou o pé na jaca? E agora?
- Emergências, a dívida boa e a dívida ruim
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