Braskem: proposta da J&F pela Novonor é a favorita dos bancos

A oferta da J&F competirá com a oferta de R$ 36 por ação da Unipar e a oferta de R$ 47 por ação da ADNOC/Apollo, além da realizada pela Petrobras (Imagem: Pixabay/ Ben_Kerckx)

A proposta da J&F Investimentos, dona da JBS (JBSS3), pela participação da Novonor – ex-Odebrecht – na Braskem (BRKM3; BRKM5; BRKM6) é a favorita dos bancos, avalia a Ágora Investimentos em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (13).

A petroquímica confirmou ontem ter recebido da Novonor uma oferta de R$ 10 bilhões pela totalidade dos direitos creditórios detidos pelos credores da companhia em um prazo de 120 dias.

A oferta da J&F competirá com a oferta de R$ 36 por ação da Unipar e a oferta de R$ 47 por ação da ADNOC/Apollo, que é de R$ 20  à  vista,  R$  20  bonds  e  em  R$  7  warrants.

“A oferta da J&F parece ser a preferida pelos bancos, devido à sua estrutura totalmente de caixa e também porque a Novonor sairia totalmente da empresa”, avalia o analista Vicente Falanga, da Ágora Investimentos.

Na opinião dele, a oferta da J&F também contém um risco de que os acionistas minoritários possam receber direitos de tag along.

“A oferta não foi feita explicitamente aos acionistas minoritários e pode haver algum fundamento legal no estatuto da Braskem (como o artigo 12) para justificar o não pagamento, mesmo que o negócio leve a uma mudança de controle”, pontua.

Além disso, caso a Petrobras exerça seu direito de preferência, nenhum direito de tag along seria acionado para os acionistas preferenciais e apenas 80% para os acionistas ordinaristas, praticamente sem liquidez disponível.

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