Candidato favorito à Presidência de Taiwan diz que não planeja mudar nome formal da ilha

"O nome atual, de acordo com nossa constituição, é República da China", disse Lai, de acordo com uma transcrição publicada por sua equipe de campanha (Imagem: REUTERS/Cesar Olmedo)

O candidato favorito à Presidência de Taiwan, o vice-presidente William Lai, disse em uma entrevista nesta terça-feira que não planeja mudar o nome formal da ilha, mas reiterou que Taiwan “não é subordinado” à China.

Pequim tem mostrado oposição a Lai através de comentários anteriores dizendo que ele é um “trabalhador prático para a independência de Taiwan” – um problema para a China, que vê a ilha democraticamente governada como parte de seu território.

Lai tem dito repetidamente que não está tentando mudar o status quo e está simplesmente afirmando um fato: que Taiwan já é um país independente chamado República da China, seu nome formal, e que apenas o povo taiuanês pode decidir seu futuro.

“Devemos respeitar a verdade – que é o que quero dizer com pragmatismo – que Taiwan já é um país soberano e independente chamado República da China. Não faz parte da República Popular da China”, disse ele em uma entrevista à agência de notícias Bloomberg.

O derrotado governo da República da China fugiu para Taiwan em 1949 após perder uma guerra civil contra os comunistas de Mao Zedong, que estabeleceram a República Popular da China.

“O nome atual, de acordo com nossa constituição, é República da China”, disse Lai, de acordo com uma transcrição publicada por sua equipe de campanha.

“E com relação à unificação da sociedade taiuanesa, a presidente Tsai usou o termo República da China (Taiwan) para descrever nosso país. Continuarei a fazê-lo no futuro”, acrescentou. “Não há planos para mudar o nome do nosso país.”

Taiwan escolherá seu próximo presidente em janeiro. A presidente Tsai Ing-wen não pode concorrer novamente após cumprir dois mandatos.

Tsai ofereceu repetidamente negociações com a China, que Pequim rejeitou, e Lai disse que a porta para o diálogo está sempre aberta, desde que haja “paridade e dignidade”

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