Mas, como nas duas crises anteriores, em maio e agosto de 2007, a recuperação do mercado financeiro foi quase que instantânea. Alívio? Talvez não – seria bom que todos mantivessem em mente a expectativa de especialistas para um ano difícil. Mas temos boas lições a tirar desta crise que inaugurou o ano. Em primeiro lugar, ela serviu para nos lembrar que bons investimentos envolvem risco, e esse risco se traduz na alternância de períodos de fortes ganhos com períodos de perdas, mesmo que as perdas sejam resultantes de uma simples realização de lucros – o que, em janeiro, não foi o caso.
A segunda lição vem da rápida e intensa recuperação: felizmente, ela mostra que o que determina os rumos do mercado, no longo prazo, são os fundamentos e não os movimentos especulativos. Em um Brasil cada vez mais rico e mais competitivo, com negócios ainda pouco dependentes das relações globais, boa parte dos resultados das empresas encontra-se em condição sustentável. Além disso, não deixamos de estar a um degrau do investment grade, nem deixamos de fazer parte do BRIC, o grupo de países com maior potencial de crescimento.
Por essas razões, temos aqui condições favoráveis ao crescimento das empresas, o que faz do mercado de ações
Quando todos estiverem comemorando o bom momento dos investimentos
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Gustavo Cerbasi (www.maisdinheiro.com.br) é consultor financeiro pessoal e autor de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos e Dinheiro – Os Segredos de Quem Tem.
Crédito da foto para Marcio Eugenio.