Dólar tem leve queda ante real com baixa liquidez e estímulos da China

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9338 reais na venda, com baixa de 0,14% (Imagem: Reprodução/@ jcomp/Freepik)

O dólar (USDBLR) à vista fechou a segunda-feira em leve queda ante o real, em um dia marcado por baixa liquidez em função do feriado nos EUA e pela reação positiva dos investidores a novos estímulos econômicos na China, que deram suporte a algumas moedas de exportadores de commodities, com os mercados repercutindo ainda os números norte-americanos da semana passada.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9338 reais na venda, com baixa de 0,14%.

Na B3, às 17:03 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,15%, a 4,9575 reais.

O dia foi de baixa liquidez nos mercados globais, por conta do feriado do Dia do Trabalho nos EUA. No Brasil, o dólar para outubro no mercado futuro da B3 o mais líquido e, no limite, o que serve de parâmetro para as cotações do segmento à vista somava apenas 100.375 contratos negociados perto das 17h, bem abaixo da média.

No mercado à vista, conforme um operador ouvido pela Reuters, os spreads na negociação da moeda norte-americana eram maiores por conta do feriado nos EUA, o que também reduzia a disposição de importadores e exportadores em fazer transações.

Neste cenário, as cotações foram impactadas pelas novas medidas de estímulo econômico anunciadas pela China.

Todas as quatro cidades de nível 1 da China afrouxaram a definição de “comprador de moradia pela primeira vez” para facilitar o crédito hipotecário a indivíduos qualificados.

Além disso, os principais bancos do país abriram caminho para novos cortes nas taxas de empréstimos e fontes disseram que Pequim está planejando outras ações, incluindo o relaxamento das restrições à compra de casas. As dificuldades do setor imobiliário chinês têm preocupado investidores e bancos centrais em todo o mundo.

As notícias vindas da China deram suporte às ações na Ásia e na Europa mais cedo e favoreceram as moedas de alguns países exportadores de commodities, como o Brasil.

Além da China, as cotações ainda repercutiam os números de emprego nos EUA divulgados na sexta-feira, que davam força à leitura de que o Federal Reserve não subirá mais os juros em 2023.

Assim, o dólar à vista oscilou no território negativo por praticamente todo o dia, tendo variado entre a cotação máxima de 4,9440 reais (+0,07%) às 9h53 e a mínima de 4,9073 reais (-0,67%) às 12h30.

No exterior, no fim da tarde, a moeda norte-americana também sustentava baixas ante divisas como o peso colombiano, o dólar australiano e a libra < GBP>. Por outro lado, o dólar subia ante moedas como o peso mexicano e o peso chileno.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 6.810 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro.

Postagens relacionadas

Petróleo tem leve queda na semana com preocupações sobre demanda

Wall Street fecha em queda sessão de sobe e desce com postura dura do Fed

Ibovespa fecha quase estável com acomodação após Fed, mas tem pior semana desde março