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Home Economia e Política Emprego e renda, uma relação linear? Estados Unidos mostram que não!

Emprego e renda, uma relação linear? Estados Unidos mostram que não!

por Gustavo Rizzo
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Emprego e renda, uma relação linear? Estados Unidos mostram que não!Dados iniciais de 2012 indicam descasamento dessas variáveis nos EUA. Entenda os porquês. Se um dia, seu pai chegar em casa com o paletó molhado, a princípio, você não saberá o que de fato ocorreu. Mas, após uma rápida olhada na janela, você nota que está chovendo. Pronto. Isso já é suficiente para você se sentir confortável na compreensão (mesmo que teórica) do que acabara de ocorrer.

Os dois dados (paletó molhado e chuva) são analisados de forma a estabelecer uma relação de causa e efeito. Faz parte da natureza[bb] humana relacionar dados, estabelecer uma razão entre eles e tirar conclusões. Agir assim nos ajuda a compreender o mundo que nos cerca e a isso convencionou-se chamar de o uso da razão, ou simplesmente, racionalidade.

Na macroeconomia, existem duas variáveis que costumeiramente se relacionam de forma tão harmônica como chuva e paletó molhado: Emprego e Renda (PIB). Pode até parecer óbvio dizer que quando a renda aumenta, o nível geral de emprego também sobe, assim como em fases de recessão, o desemprego cresce.

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Essa relação positivamente linear entre Emprego e Renda foi muito bem exposta pelo economista americano Arthur Okun no início dos anos 60, que acabou por dar seu nome a uma lei mercadológica, a Lei de Okun. Porém, como em toda lei, existem aqueles que não a respeitam.

Nos últimos dois trimestres, o “criminoso” em questão é um velho conhecido, inclusive reincidente: os EUA. No atual ciclo econômico, os americanos deixaram de ser réus primários nos três trimestres entre julho de 2009 e março de 2010, quando o desemprego crescia mesmo no início de uma observável recuperação econômica.

Os EUA voltaram a quebrar a lei neste ano. Dados do primeiro trimestre de 2012 mostram um aumento significativo no nível geral de emprego, mas sem o devido (e esperado, conforme Okun) crescimento proporcional do PIB. O que teria ocorrido?

O fundamento essencial da lei em questão é que, com um maior nível geral de emprego, a demanda aumenta, gerando necessidade de uma produção[bb] ainda maior, o que estimula uma expansão econômica – que, por sua vez, aumenta o emprego e assim prossegue. Porém, há uma série de inter-relações que precisam ser exploradas para melhor compreender Emprego e Renda, e aqui cito três:

  • A primeira delas é que a geração de renda não depende somente do nível de emprego em si (quantidade de pessoas empregadas), mas também da produtividade individual do trabalho;
  • A segunda é que o nível de emprego pode ser decomposto entre quantidade de pessoas empregadas e número de horas trabalhadas;
  • A terceira é que o nível de desemprego é uma razão entre quantidade de pessoas empregadas e tamanho da mão de obra.

Desta forma, é possível quebrar a Lei de Okun através de um pequeno aumento (ou queda) do desemprego em um cenário de baixo (ou alto) crescimento econômico através de uma combinação de crescimento da produtividade, aumento nas horas trabalhadas e crescimento da massa de mão-de-obra.

Nos EUA, a questão das horas trabalhadas por empregado torna-se um ponto crucial. Apesar da economia estar usando um contingente maior de mão-de-obra, o número médio de horas trabalhadas tem sido reduzido nos últimos 40 anos. Em 2009 e 2010, porém, este número aumentou.

Isso explica os eventos de quebra da Lei de Okun em 2009/2010: aumento de desemprego em termos de número de pessoas empregadas, mas devido ao aumento da produtividade individual do trabalho, observou-se crescimento do PIB. Isso aconteceu porque, receosos de contratar mais funcionários, os empregadores passaram a pressionar o contingente existente, aumentando assim a sua produtividade individual. Naquele cenário, meses após a crise de 2008, essa parecia ser a solução mais sensata.

Em 2012, com o cenário econômico mais favorável (quando comparado a 2009), os empregadores não temeram mais contratações. Muito pelo contrário. Através de ações governamentais de incentivo a geração de emprego, as empresas contrataram fortemente. Mas, apesar do aumento do nível de emprego, a produtividade geral do trabalho caiu muito, e por isso o PIB não reagiu como deveria.

E quem paga a conta é o nível geral de salários. O Governo democrata de Barack Obama[bb] dá indícios de que está satisfeito com essa escolha, afinal entende que em ano de eleição, o nível de emprego passa a importar mais que o PIB. Resta saber se a população concorda com o nível salarial mais baixo, consequência natural desta ação. O pleito de seis de novembro tirará esta dúvida.

Foto de sxc.hu.

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