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Favelas começam a receber bancos e lojas de varejo

por Ricardo Pereira
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Favelas começam a receber bancos e lojas de varejoAlguns são categóricos ao afirmar que o Brasil passa por uma nova ordem econômica. Pois os bancos e financeiras, além de muitas empresas dos mais diversos setores, começaram a descobrir um grande filão nas chamadas classes D e E. Uma prova disso é que um dos maiores bancos brasileiros acaba de anunciar a abertura de sua primeira agência dentro de uma favela, em São Paulo.

Essa notícia é significativa sobre dois aspectos:

  1. Fica claro que as empresas começam a enxergar alternativas atraentes para negócios também nessas comunidades. Em outra comunidade de São Paulo, uma grande loja de comércio varejista já tem lá uma de suas lojas, vendendo dinheiro[bb] disfarçado de produtos;
  2. Essas mesmas empresas percebem que os brasileiros de baixa renda costumam ser bons pagadores – e, desta forma, ótimos clientes. A lógica é simples: para não ter seu nome incluído nos cadastros negativos, tais pessoas honram seus compromissos a fim de poder contar sempre com o crédito. Diferente dos mais ricos que, muitas vezes, compram um bem caro e dão o calote.

Olhando sob a ótica do educador financeiro, acho fundamental que as pessoas tenham acesso a empresas e, em última análise, ao crédito. Entretanto, é importante que esse crédito seja acompanhado de informação e conscientização. Não basta oferecer sonhos a altas custas, quando muitas vezes o que a população precisa é de um pouco de suporte para apenas conseguir colocar sua vida nos eixos.

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Acredito que existe sim um potencial importante nesse novo tipo de consumidor oriundo das classes mais pobres, mas me questiono se essa iniciativa não acabará levando as pessoas em direção a um novo patamar de endividamento, ou mesmo à compra de produtos financeiros ruins para o cidadão, como títulos de capitalização, por exemplo.

A tendência é que esse tipo de iniciativa se multiplique à medida que os resultados positivos comecem a surgir. Espero e torço, de coração, para que dê certo. E dar certo significa oferecer mais dignidade e oportunidade ao brasileiro, lucrando e podendo crescer como empresa. Fica a sugestão para os que pretendem investir neste sentido: que tal adotar um projeto de educação financeira e levá-lo para essas comunidades?

As pessoas precisam de dinheiro, é claro, mas precisam aprender a usá-lo com sabedoria[bb] e planejamento. Inteligência financeira, bom senso e informação podem fazer muita diferença – e é essa nossa filosofia por aqui.

Crédito da foto para stock.xchng.

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