5 imagens que vc precisa ver antes de fazer o resgate do seu FGTS

Como todos sabem, nesta sexta feira, dia 10, começará a corrida pelos saques do FGTS para os que possuem contas inativas até dezembro de 2015. Para consultar se você terá direito a algum valor, basta acessar o site da Caixa Econômica Federal clicando aqui.  Você precisará ter em mãos  o número do PIS/PASESP/NIS.

Agora em março, terão direito ao resgate, as pessoas que  fazem aniversário em janeiro e fevereiro.

No entanto, apesar dessa medida “agraciar” os trabalhadores, o grande incentivo do governo visa a retomada da economia através do consumo. Por outro lado, não podemos deixar passar desapercebido o quão ruim é a rentabilidade do FGTS, que rende anualmente (apenas) 3% somada a Taxa Referencial. É bem verdade que esta taxa será modificada e deverá apresentar um retorno equivalente a poupança nos próximos anos.

Para mostrar a nossa atual realidade, preparamos 5 imagens que apresentam alternativas de investimentos muito mais atrativas do que o FGTS.

Sugerimos também que, para aqueles que não forem utilizar os recursos para o pagamento de dívidas ou para o consumo, que resgate da mesma forma o dinheiro que está no fundo e que realizem aplicações mais vantajosas que certamente farão diferença na aposentaria de cada cidadão.

1) Nesta primeira imagem apresento a rentabilidade do FGTS, da Poupança e dos títulos do Tesouro Selic nos últimos 10 anos. Levo em consideração a média da taxa de juros (Selic) em cada ano e não apenas seu número final. Veja que o Tesouro Selic foi muito superior em todos os anos, mesmo em épocas de taxa de juros baixa como ocorreu em 2012.

Neste mesmo gráfico veja que o melhor ano da poupança sequer conseguiu bater o pior ano de Tesouro Selic, o que mostra que inclusive a poupança apresenta baixas taxas de retorno aos poupadores.

2) Seguindo na linha da imagem acima, agora apresento esses mesmos números em valores, iniciando as aplicações em R$5 mil. Veja que o retorno para aqueles que investiram nos títulos do Tesouro Selic se comparado ao FGTS foi quase o dobro nos últimos 10 anos.

3) No próximo gráfico, apresento a rentabilidade do FGTS e da inflação oficial do país, medida pelo IPCA, nos últimos dez anos. É um número de certa forma desconhecido por muitos, mas a inflação acumulada no período foi de 82,6% enquanto o retorno do FGTS foi de 49,2%. Isso mostra que o trabalhador que manteve os recursos no fundo ao longo deste período teve perda relevante no seu poder de compra.

Outro dado que chama a atenção é que a inflação foi superior ao retorno do FGTS em todos os anos. Em 2015, a inflação chegou a “dar” mais que o dobro do FGTS. Certamente são números bastante surpreendentes para aqueles que não vivenciam o dia a dia do mercado.

4) Agora iniciamos uma sequencia comparativa do retorno do Fundo de Garantia, da Poupança e de um CDB de uma instituição financeira pequena ou média oferecido a uma taxa de 110% do CDI – uma taxa referencial da Selic, a taxa de juros no Brasil, considerando os últimos 5 anos.

Um investimento com taxa de 110% do CDI é facilmente encontrada. Para os que não conhecem, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título privado emitido por bancos, com o objetivo de captar recursos para financiar atividades como, por exemplo, o crédito. Uma explicação mais simplista poderia ser que o cliente da instituição empresta seus recursos ao banco por um prazo acordado e ele devolve esse montante acrescido de uma taxa de juros no período.

5) Para finalizar, seguindo na mesma logica da imagem acima, acompanhe o retorno financeiro nos últimos 5 anos para quem posssuía recursos no FGTS, na poupança e em um CDB com taxa de 110% do CDI. Apenas nesse período, o FGTS obteve um retorno de 21,8%, a poupança de 42,1% e o CDB com esta taxa de 76,2%.

Conclusão:

Acredito que com estas imagens, fica cada vez mais claro a necessidade de resgatar os recursos do FGTS liberados pelo Governo Federal e investir com qualidade olhando para um futuro com mais qualidade.

Invista nos títulos do Tesouro ou realize outros investimentos, mas antes busque conhecer as taxas de administração e de retorno sobre as aplicações.

Nota: Esta coluna é mantida pela Rico.com.vc, que contribui para que os leitores do Dinheirama possam ter acesso a conteúdo gratuito de qualidade.

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