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Fundamentalistas evitam Ofertas Públicas Iniciais (IPOs)

por Pablo Santos
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Fundamentalistas evitam Ofertas Públicas Iniciais (IPOs)A maioria dos investidores já conhece as Ofertas Públicas Iniciais, IPO em inglês. É o momento em que uma empresa estreia na bolsa de valores, oferecendo suas ações pela primeira vez. Acompanhados do debute estão os rumores, histórias e “dicas quentes” sobre várias IPOs “que prometem”. Também é comum que os investidores[bb] recebam o aviso de suas corretoras para fazer a reserva das ações o quanto antes.

Em época de muitas movimentações de IPOs, o mercado ferve. A maioria das pessoas sente vontade de arriscar em mais uma quentinha. Entretanto, os analistas fundamentalistas clássicos rejeitam esse tipo de investimento por um motivo mais do que claro: não estão disponíveis informações suficientes sobre a empresa para avaliar seus fundamentos.

Se a base do fundamentalismo é a análise das informações financeiras e administrativas da empresa, fazer isso tudo não será possível com uma empresa que acaba de abrir o capital – e, portanto, só disponibilizará seus primeiros resultados publicamente no próximo trimestre. É sabido que somente as empresas com o capital aberto são obrigadas, por lei, a publicarem os seus balanços. Assim, somente depois de alguns meses ou anos se tornará interessante analisar os números destas empresas novatas na bolsa.

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Cabe ressaltar que não estou levando em conta a especulação que é possível fazer nessas ofertas, assunto para outros tipos de investidores. Por maior que seja o sucesso da empresa, o nome ou a marca, sem analisar as finanças do negócio o investimento[bb] é considerado um pouco mais arriscado.

Uma IPO recente nos serve de exemplo é a da BM&F, que logo se tornou BM&F Bovespa. Depois de estreias como as da Bovespa (alta de 50% no primeiro dia) e Redecard (alta de 20% no primeiro dia), os especuladores se animaram e o papel da BM&F, que teve preço inicial de R$ 25,00, encerrou o primeiro dia com alta de 22%. Para quem vendeu no próprio dia da estréia, um bom negócio. Cinco meses depois, em plena crise, os papéis caíram 50%.

Apesar de ser um investimento seguro – afinal, é o papel da própria Bolsa que está em jogo -, o pequeno investidor nunca vai realmente saber se ele está sofrendo especulação e nem poderá adivinhar o que virá pelo futuro. O ativo se recuperou junto com o mercado, mas os leitores podem verificar que nunca voltou a atingir a faixa dos R$25,00 novamente*, pois os analistas entraram em ação e puderam verificar o verdadeiro valor do papel. Mas, somente depois de um tempo a partir da oferta inicial, com os resultados financeiros em mãos.

* Os leitores mais curiosos que procurarem o histórico de cotação do ativo BVMF3 irão notar que a cotação inicial de agosto de 2008 fica na faixa dos R$ 11,00. Lembro que, no período, houve a fusão da BM&F e da Bovespa e o papel BVMF3 foi resultado deste evento.

Crédito da foto para freedigitalphotos.net.

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