Governo espera que Câmara vote arcabouço em agosto e mantenha mudança feita no Senado, diz Padilha

"Expectativa é que possamos votar ainda em agosto", disse Padilha a jornalistas ao se referir à proposta de novo marco fiscal (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera que a Câmara dos Deputados conclua a aprovação da proposta de novo arcabouço fiscal neste mês, mantendo mudança feita no Senado que prevê que o governo possa usar a inflação do segundo semestre como baliza para a previsão das despesas do ano seguinte.

“Expectativa é que possamos votar ainda em agosto”, disse Padilha a jornalistas ao se referir à proposta de novo marco fiscal.

Ele disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dialogado com lideranças da Câmara para explicar a importância de manter a alteração feita pelo Senado sobre a inflação e argumentou que a mudança “torna mais realista a construção da peça orçamentária”.

A manutenção dessa mudança incluída no texto pelo Senado também tem sido publicamente defendida pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Como a proposta do arcabouço fiscal começou a tramitar pela Câmara, a Casa tem a última palavra sobre o texto e, caso decida desconsiderar as mudanças feitas pelos senadores, enviará o texto sem a emenda sobre a inflação para sanção de Lula.

Padilha, que falou após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também disse que se reunirá com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir as prioridades legislativas do governo neste segundo semestre.

O ministro também disse que o Executivo tem interesse em atrair para sua base as bancadas do PP e do Republicanos na Câmara, ao mesmo tempo que relatou que, por ora, Lula não tem reunião marcada com lideranças partidárias para discutir mudanças no ministério e a entrada no primeiro escalão de nomes dessas duas legendas.

Padilha disse que esses encontros devem ocorrer após líderes que estão fora do Brasil retornarem ao Brasil.

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