Ibovespa: reflexo da evolução do mercado

No final da semana passada foi divulgada a primeira prévia do Índice Bovespa, ou simplesmente Ibovespa, indicador que baliza o mercado acionário brasileiro e é razão de muitas notícias e comparações no meio profissional e na imprensa. A atualização do índice passa a vigorar em primeiro de setembro e seu prazo de validade estende-se até o último dia do ano.

Aparecem na composição do índice as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Redecard. Saem os papéis preferenciais (PN, sem voto) da Telemig Participações – recentemente comprada pela Vivo – e das ordinárias (ON) da Cyrela Comercial Propert (CCP). A mudança reflete a evolução do mercado, já que entra o ativo de um dos maiores IPOs (Oferta Pública Inicial) do nosso mercado e saem empresas recentemente negociadas.

A prévia também mostra mudanças nos pesos das ações que compõem o Ibovespa. Por exemplo, os ativos de maior peso no proposto índice que passa a vigorar em setembro são:

  • Petrobras PN: 15,725% contra 14,139% do atual Ibovespa;
  • Vale PNA: 13,199% contra 12,749%;
  • Bradesco PN: 3,733% contra 3,840%;
  • Vale ON: 3,417% contra 3,349%;
  • Itaú PN: 3,341% contra 3,161%;

Nota-se um aumento nos pesos dos principais papéis, principalmente porque o número de empresas listadas caiu de 66, no atual índice, para 65 empresas na prévia. A Bovespa mantém um rico trabalho de análise, composição e divulgação do índice desde 1968, sem nenhuma modificação metodológica. Da página de apresentação do Ibovespa na internet, podemos aprender um pouco mais sobre este importante indicador:

O Índice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro. Sua relevância advém do fato do Ibovespa retratar o comportamento dos principais papéis negociados na BOVESPA e também de sua tradição, pois o índice manteve a integridade de sua série histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação em 1968.

É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 02/01/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética*. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação).

Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes. A finalidade básica do Ibovespa é a de servir como indicador médio do comportamento do mercado. Para tanto, sua composição procura aproximar-se o mais possível da real configuração das negociações à vista (lote-padrão) na BOVESPA.

Por que um número específico de empresas compondo o Ibovespa?
É simples. Quem se lembra ou conhece a famosa Lei de Pareto? Pois é, as ações que integram a carteira teórica do índice respondem por mais de 80% do número de negócios e volume financeiro do mercado à vista (lote-padrão) da Bovespa. Assim, é plausível aceitar que ele represente o “movimento” da bolsa brasileira, não é?

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Crédito da foto para stock.xchng.

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