Ibovespa tem variações modestas em clima de expectativa para BCs

Às 10h58, o Ibovespa caía 0,11%, a 118.155,85 pontos. O volume financeiro somava 3 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa tinha variações modestas nesta terça-feira, sem firmar uma direção, enquanto persiste o clima de expectativa para decisões de política monetária no mundo nesta semana, com destaque para o Federal Reserve.

Às 10h58, o Ibovespa caía 0,11%, a 118.155,85 pontos. O volume financeiro somava 3 bilhões de reais,

O Fed anuncia decisão na quarta-feira e a previsão é de que os juros permaneçam na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. O desfecho da reunião virá acompanhado de projeções econômicas e seguido por entrevista coletiva do chair Jerome Powell.

Também são aguardadas na semana as decisões dos BCs da Inglaterra e do Japão.

No Brasil, o Banco Central anuncia a decisão sobre a Selic também na quarta-feira, com as previsões apontando corte de 0,50 ponto percentual sobre os atuais 13,25% ao ano. A atenção estará no comunicado e indicações sobre os movimentos seguintes.

Mais cedo, o BC divulgou seu índice de atividade econômica (IBC-Br) mostrando alta de 0,44% em julho ante o mês anterior, um pouco acima das expectativas do mercado. Mas o dado anterior, de junho, foi revisado para baixo – de +0,63% para +0,22%.

Análise técnica feita pela equipe do Itaú BBA destacou que, após a queda no último pregão, o Ibovespa começa a formar um intervalo de negociação entre os 119.800 pontos e o suporte em 114.000 pontos, conforme relatório a clientes. Eles reiteraram que o Ibovespa ultrapassar esse teto pode seguir para região dos 123.000 pontos – máxima do ano.

Destaques

Petz (PETZ3) caía 4,36%, a 5,27 real, com vários papéis mais sensíveis à economia doméstica na coluna negativa diante da alta das taxas futuras de juros. O índice do setor de consumo perdia 0,63% e o do setor imobiliário recuava 0,44%.

Casas Bahia (BHIA3) tinha elevação de 2,74%, a 0,75 real, experimentando uma trégua na sequência de quedas recentes, que fez a ação testar mínimas históricas, chegando a 0,68 real no pior momento na segunda-feira. A BB Investimentos rebaixou a recomendação das ações para “neutra” e reduziu o preço-alvo de 2,30 para 1,40 real.

Petrobras (PETR4) apurava acréscimo de 0,06%, a 34,15 reais, beneficiada pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent subia 0,74%, a 95,13 dólares. PETROBRAS ON registrava acréscimo de 0,48%.

Vale (VALE3) subia 0,38%, a 68,98 reais, mesmo após os futuros do minério de ferro recuarem na China, com o vencimento mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrando o dia em baixa de 0,69%, a 862,5 iuans (118,19 dólares) a tonelada.

Itaú (ITUB4) tinha variação positiva de 0,07%, a 27,3 reais, e Bradesco (BBDC4) perdia 0,74%, a 14,81 reais. O destaque negativo entre os bancos do Ibovespa era BTG (BPAC11), com queda de 1,52%. Ainda no setor financeiro, B3 (B3SA3) caía 1,07%, também pesando no Ibovespa.

Eletrobras (ELET6) avançava 0,59%, a 35,81 reais, em dia positivo para outras companhias de energia elétrica também, com o índice do setor na B3 em alta de 0,12%. COPEL PNB valorizava-se 3,04%, a 9,15 reais.

Sabesp (SBSP3) subia 0,99%, a 61,17 reais, após mais um passo na direção da privatização da maior companhia de água e esgoto do Brasil. O avanço ocorria com o conselho de desestatização do Estado de São Paulo autorizando a empresa a contratar bancos para eventual oferta ações.

Telefônica Brasil (VIVT3) valorizava-se 1,29%, a 44,7 reais. A companhia, que opera sob a marca Vivo, afirmou que as reduções de capital no montante de até 5 bilhões de reais autorizadas Anatel ocorrerão com restituição de recursos aos acionistas. No setor, TIM ON avançava 1,98%, a 15,46 reais, após anunciar na véspera que pagará 425 milhões de reais em juros sobre capital próprio.

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