Prévia da inflação é a menor desde outubro de 2009

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,19% em outubro, após subir 0,23% em setembro.

Considerando a série mês a mês, foi a menor variação desde agosto de 2014, quando o PICA-15 teve alta de 0,14%.

Com o resultado anunciado nesta sexta-feira (21), o IPCA-15 acumula aumento de 6,11% no ano. A taxa acumulada em 12 meses até outubro foi de 8,27%, ante os 8,78% acumulados em 12 meses até setembro.

A deflação de 0,25% no grupo Alimentação e Bebidas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de outubro fez o indicador ter a menor variação para o mês desde outubro de 2009.

Com a deflação, o grupo Alimentação e Bebidas tirou 0,06 ponto porcentual (p.p.) no IPCA-15, maior impacto negativo no mês.

Segundo o IBGE, os preços no agrupamento dos alimentos para consumo em casa recuaram 0,57%. “A principal contribuição para baixo foi a do leite longa vida (-0,11 p.p.), que ficou 8,49% mais barato”, diz nota divulgada pelo IBGE.

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Aposentadoria faz disparar gastos de cidades e Estados

Assim como ocorre com o governo federal, os gastos com aposentadorias e pensões são o principal esqueleto no armário de Estados e municípios, mostra estudo publicado nesta quinta-feira (20) pelo Tesouro Nacional.

De acordo com o levantamento, o aumento real (descontada a inflação) das despesas com servidores públicos inativos entre 2014 e 2015 foi de 28,41% no caso dos Estados e do Distrito Federal, e de 12,1% para os municípios.

Esse crescimento puxou as despesas com pessoal, maior fonte de preocupação nas contas dos governos locais, na avaliação do Tesouro. Em 2015, diz o estudo, os servidores inativos representaram 24%, em média, das despesas com pessoal dos Estados.

Por conta do teto de gastos orçamento de 2017 já necessita de cortes

Para atender às novas regras previstas na proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o limite para o aumento dos gastos públicos, o Congresso terá de fazer um corte no Orçamento do próximo ano de R$ 14 bilhões.

A preocupação em fechar as contas tem permeado as conversas nos últimos dias entre o senador Eduardo Braga (relator-geral do orçamento) e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e já chegou até ao Palácio do Planalto.

O Orçamento de 2017 – o primeiro que limita o crescimento dos gastos à inflação do ano anterior – não deixou margem para a tradicional prática dos parlamentares de aumentarem os recursos com emendas para atender suas bases eleitorais.

O orçamento federal de 2017 prevê uma receita líquida de R$ 1,177 trilhão, para uma despesa de R$ 1,316 trilhão – o que representará o déficit estimado de R$ 139 bilhões nas contas públicas.

Mas a dificuldade para fechar os números aumentou após um incremento de R$ 7 bilhões nos repasses previstos originalmente para a saúde.

Resultante de negociações para aprovar a PEC do Teto no Congresso, e de outras despesas não computadas originalmente. É esse incremento que deve agora ser cortado.

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A prisão do ex-deputado federal Eduardo Cunha foi o principal acontecimento da semana. Os advogados de Cunha já admitem a possibilidade de uma delação premiada.

No mesmo dia da prisão o COPOM reduziu a taxa Selic para 14% ao ano e frustrou boa parte do mercado que aguarda uma sinalização mais contundente de um ciclo de queda nos juros do país.

O Ibovespa, principal benchmark da Bolsa de Valores de São Paulo, operava às 11h32 em baixa de -0,36% com 63.605 pontos. O dólar registrava alta de +0,7% sendo negociado por R$ 3,16.

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