Para investir e economizar, basta começar (e parar de falar que sabe o que fazer)

Para investir e economizar, basta começar (e parar de falar que sabe o que fazer)

O ano está acabando e, se você tem acompanhado o Dinheirama, provavelmente está mais ciente do que precisa fazer para conseguir colocar as contas em ordem.

Quando falamos em Educação Financeira, não há fórmula mágica e nem atalhos. Com o bolso, é preciso por em prática tudo aquilo que aprendemos na teoria.

Nem sempre é fácil, pois estamos falando de você abrir mão de uma série de prazeres momentâneos visando ganhos futuros; de dedicar horas de seu tempo para aprendizado; de investir mais tempo refazendo contas; de controlar a ansiedade e não comprar por impulso.

Tudo para que você possa ficar em paz e tranquilo com seu bolso, ganhando independência financeira e, de quebra, liberdade para viver melhor. Vale o esforço, não?

O que são dividendos? Como escolher ações que pagam dividendos?

Fazer é mais importante que saber fazer

Outro dia falei em um vídeo (assista abaixo) que o processo é mais importante que o resultado quando alguém começa a investir.

Clique e assista

O processo é mais importante, você concorda? Pode parecer estranho pensar nisso, mas faz todo o sentido e não apenas com relação a investimentos, mas com relação a organizar as finanças de forma geral.

Vale para quem quer gastar menos, poupar mais, deixar de ter dívidas, fazer uma planilha de receitas e despesas, pesquisar aplicações e por aí vai.

Pense comigo: estamos acostumados a ter determinadas atitudes que se tornam hábitos nocivos à nossa saúde financeira.

É o caso de quem reclama que nunca tem dinheiro para nada, mas não consegue se conter e compra por impulso o tempo todo. Não sobra, obviamente, para aquilo que é importante.

Ou quem está sempre no cheque especial, mas se tiver que responder à pergunta: “Você conhece bem suas receitas e despesas fixas?”, a pessoa não conhece, prefere continuar na escuridão do que ter que sair da sua zona de conforto. Prefere os atalhos em detrimento do processo.

Para abandonarmos estes hábitos nocivos, é necessário que, assim como alguém viciado em cigarro ou bebida, a pessoa que não consegue lidar bem com dinheiro crie um processo para que consiga substituir estes hábitos por outros mais saudáveis.

Processo significa mudança de hábitos, criação e novas rotinas de uma forma que, mesmo com todas as dificuldades, tudo isso venha a fazer parte do dia a dia de uma forma natural e consciente.

Bem, você pode estar pensando: “Nossa, ele está comparando a questão do dinheiro a questões de saúde”, mas ouso dizer que uma pessoa que não sabe se controlar financeiramente pode causar danos enormes não apenas a si mesmo como à toda família.

E quando esta questão se transforma em vício (como quem acaba perdendo bens por conta de dívidas sem sentido, por exemplo), não dá para lidar com o tema de forma leve. É preciso, sim, ter clareza sobre o fato e investir em um processo para sair dele.

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Como criar um processo para organizar as finanças

Para começar a organizar as finanças, primeiramente é preciso querer. Ninguém muda um hábito sem foco ou força de vontade, e geralmente só queremos mudar alguma coisa que nos é comum, quando ela começa a causar danos.

Ah, a teimosia também pode servir para despertar o interesse por novos hábitos. Sabe aquele momento em que percebemos que se continuarmos daquela forma, não chegaremos a lugar algum? É seu caso? Então vamos consertar isso juntos!

O próximo passo é avaliar o que está errado hoje e quais os seus objetivos para curto, médio e longo prazos. Por que até agora você não conseguiu lidar direito com dinheiro, poupar ou investir?

Você precisa urgentemente saber para onde seu dinheiro está indo. Aquela boa e básica planilha de receitas e despesas é essencial para entender os gastos fixos. A partir daí você vai avaliar o que pode ser cortado ou substituído.

Olhe com carinho o orçamento, proponha-se a cortar alguma coisa nele. Tenho certeza de que alguns gastos fixos são meramente parte de um hábito, não uma real necessidade.

Este dinheiro poupado com o corte de alguma despesa (pode ser a conta do celular, que dá para reduzir; a assinatura da TV a cabo, que ninguém vê; uma ida a menos em um restaurante na semana; e etc.) pode ser usado para iniciar algo absolutamente essencial para garantir um pouco mais de tranquilidade em sua vida: a formação de uma reserva financeira.

Este valor deve ser deixado separado para ajudar em momentos de crise, aos quais estamos sempre sujeitos, e se você não consegue começar a formar uma reserva, “troque” o gasto: use o valor que estava indo para determinada despesa inútil e o encaminhe para esta reserva.

É importante também conhecer os sonhos de médio e longo prazo e precificá-los. Desta forma, você saberá quanto terá que poupar ou investir para que sejam realizados.

Fica muito mais fácil resistir a determinados gastos se temos objetivos importantes e reais a serem alcançados. Coloque os sonhos no papel se não tiver feito isso ainda. Você pode até resolver cortar mais algum daqueles gastos fixos para destinar o valor à realização destes sonhos.

Outro ponto relevante no processo de lidar bem com as finanças é fazer valer o dinheiro. Isso significa não gastar à toa, controlar o impulso por compras e pedir desconto. Tente sempre comprar à vista e negociar o valor.

O dinheiro economizado também pode ir para a reserva financeira, realização de um dos sonhos da planilha ou, algo muito importante, investimentos.

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Investir? Com que dinheiro?

Ouço alguém dizer: “Mas eu mal consigo dar conta dos meus gastos e você me diz para investir?”. Calma, lembre-se que você está dando o primeiro passo dentro de um caminho longo na educação financeira, e assim que estiver com as contas mais organizadas, perceberá que investir também é uma questão de prioridade.

Neste caso, o processo para realizar investimentos deve caminhar em paralelo com alguns pontos: será preciso associar os investimentos às metas de curto, médio e longo prazo, pesquisar as possibilidades, investigar taxas e custos cobrados e por a mão na massa.

Ninguém aprende nada sem fazer. Comece com pouco, oriente-se com quem sabe, teste, compare e pratique o hábito de gastar menos do que ganha para ter dinheiro para investir. Pouco, muito, não importa. Foco no processo!

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Conclusão

Finalmente, além de tudo aquilo que já citei acima, há outro ponto importante que deve fazer parte de uma jornada de reorganização financeira: saber multiplicar o dinheiro para melhorar seu fluxo de caixa (e, assim, sua capacidade de investir e a velocidade rumo à independência financeira).

Além dos investimentos, que são parte essencial, também é bom estar pronto para buscar maneiras de ganhar mais. Pode ser através de trabalhos extras, pode ser através de renda passiva, pode ser através de desapego (que tal vender aquilo que não usa mais?).

Todos estes pontos são importantíssimos para fazerem a roda da energia financeira girar com toda força em sua vida. E é claro, é sempre fundamental manter o foco e a disciplina, como sempre digo. Faz sentido? Hora de agir!

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