A inflação, um dos pesadelos que fez parte do cotidiano dos brasileiros durante as décadas de 80 e 90, voltou a preocupar as famílias e a produzir reflexos graves na economia do Brasil, principalmente de 2010 para cá.
O Brasil adota o chamado “sistema de metas de inflação” desde 1999. Nesse sistema, o Banco Central estipula um percentual de inflação para o ano e se compromete (em tese) a cumprir a meta fixada. Para o ano de 2016, a meta de inflação é de 4,5% sendo que existe uma tolerância de 2% para baixo ou para cima da meta.
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Ao longo dos anos, foram raros os anos em que a inflação oficial convergiu com o centro da meta de inflação, sendo que a partir de 2014, no final do primeiro mandato da Presidente afastada Dilma Rousseff, a inflação alcançou os dois dígitos, algo que havia acontecido pela última vez em 2002 (acompanhe o gráfico abaixo).
O que veremos daqui para frente
A expectativa geral do mercado é que nos próximos anos a inflação comece a perder força. Para que isso aconteça, o principal é conseguir promover um ajuste fiscal eficiente. A partir do governo Dilma I, o nível de gastos do governo cresceu vertiginosamente.
A equipe econômica do Presidente interino Michel Temer propôs limitar os gastos públicos por um período de 20 anos. A proposta é que a despesa não possa ter crescimento acima da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a partir de 2017 – envolvendo a União, o Legislativo, o Tribunal de Contas da União, o Judiciário, o Ministério Público, e a Defensoria Pública da União.
O debate em torno do tema é fundamental, visto que é indispensável que os gastos públicos possam ser feitos de forma controlada e com planejamento.
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Entenda como é calculada a inflação oficial (IPCA)
A equipe de Macroeconomia do Banco Itaú preparou um infográfico fantástico, explicando em detalhes como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) é calculado.
O material extremamente lúdico e direto ajuda na compreensão de como a inflação corrói o poder de compra das pessoas, sobretudo da camada mais pobre da sociedade. Acompanhe:
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Obrigado e até a próxima!