Não são raras as vezes que você deve ter lido ou ouvido sobre a mágica dos juros compostos (eu prefiro “poder”) na construção de patrimônio.
Se eles estiverem a seu favor, em 30 anos, poderão fazer “mágica”. Se estiverem contra, em muito menos tempo, pode ser mais devastador do que um furacão classe 5.
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O que é esse tal de spread?
De maneira muito simples, é a diferença entre os juros cobrados de seus tomadores e paga a seus credores, e exatamente daí, vem os lucros monstruosos dos bancos.
Na prática: o banco cobra em torno de 10% ao mês para quem usa o cheque especial e paga em torno de 0,6% para quem “aplica” na poupança ou em seus CDBs.
O spread é essa diferença, ou seja, 9,4%. E como no Brasil temos um dos maiores spreads do mundo, é melhor não ser devedor.
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Em números
Agora que você já entendeu de onde os bancos tiram seu lucro, é importante conseguir enxergar exatamente como a coisa funciona.
A seu favor
Veja a tabela:
Percebeu como o tempo é um enorme aliado da tal “mágica dos juros compostos”? Com “apenas 10 anos” eles podem fazer toda a diferença para quem quer ter uma boa reserva aos 50 anos.
A diferença entre a primeira e a segunda linha é de 2,5 milhões de Reais! As contas foram feitas considerando juros de 1% ao mês.
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Juros contra você
Veja o próximo exemplo:
Não é fantástico? Deixar um “pouco” de dinheiro “parado” em uma boa aplicação pode ter um resultado incrível se você tiver paciência. Agora veja o que acontece do outro lado:
Agora entendeu porque os bancos ganham tanto dinheiro? Se os juros podem ser incríveis por um lado, eles são avassaladores por outro.
Veja que em apenas 5 anos, um dívida de R$ 10 mil supera em quase 2 vezes aquilo que uma aplicação 5 vezes maior levaria para render em 30 anos.
Com juros não se brinca. É preciso muita disciplina para enriquecer e fazer seu dinheiro trabalhar para você.
Basta um “pequeno desvio”, como 10 anos a menos de investimentos, para ter 2,5 milhões a menos no final. E o pior, apenas uma “escorregada” para que o cheque especial destrua sua vida financeira.
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Conclusão
Não brinque com seu dinheiro. Não faça parte da triste estatística nacional que mostra uma população endividada e sem qualquer reserva financeira.
Não adianta reclamar que os banqueiros estão ricos, mas ajudá-los neste processo. No lugar deles, eu faria a mesma coisa: é uma questão de oferta e demanda, simples assim.
Portanto, enxugue seu orçamento. Adapte seu padrão de vida para que sua renda seja suficiente para pagar as contas e poupar.
E jamais faça a bobagem de se endividar em um país cujos juros estão entre os mais altos do mundo. Esteja do lado daqueles que emprestam e não dos que tomam dinheiro emprestado.
Assim, caro amigo, acredito que sua vida será plena e próspera, livre de dívidas e com os juros trabalhando a seu favor. Grande abraço e nos vemos em breve!