Entre 2007 e 2008, com o estouro da crise do subprime e os reflexos da crise nos mercados, muitos aventureiros se deram mal na bolsa. Os investidores perderam muito com a volatilidade do mercado, muitos deles se deixando levar pelo chamado efeito manada. Agora, muitos leitores já querem saber como funciona a gestão realizada por empresas especializadas.
Frustração em novos sócios e desempenho
Depois de uma certa recuperação, nos últimos anos a bolsa no Brasil não conseguiu atrair mais investidores. Em 2012, a Bovespa alcançou o 51º pior desempenho entre todas as bolsas no mundo. O fato é que todos nós que, de alguma maneira, falamos ou trabalhamos com bolsa somos responsáveis pelo fraco interesse do brasileiro por esse tipo de investimento.
A razão é justamente vender, em alguns momentos (sobretudo quando os resultados são positivos), a imagem de que a bolsa é o caminho mais apropriado para quem quer ficar milionário. Para alguns, o tombo por acreditar nessa verdade significa um caminho sem volta seguido de muita publicidade negativa e gratuita.
O que fazer para popularizar a Bolsa?
Acredito que muita coisa precisa ser feita. Em primeiro lugar, é imperativo tornar mais fácil o acesso das pessoas ao tipo de investimento, afinal de contas a maioria dos home brokers ainda são complexos para a maioria das pessoas que não entendem bem como fazer suas operações de compra e venda.
Os meios de comunicação precisam definir uma linguagem mais apropriada e direta, buscando passar a mensagem real de que a bolsa é um mercado de risco e que funciona muito bem para quem possui estratégias de curto, médio ou longo prazo. O importante é realmente mostrar o que está acontecendo e como o investidor deve se portar nas diferentes oportunidades do mercado.
A BM&F Bovespa deve, sim, continuar trabalhando no sentido de massificar o investimento, mas é importante que esse trabalho seja feito de forma organizada e pensando mais em ações que preparem os novos investidores. Não enxergo iniciativas de sucesso que levem a bolsa até as instituições de ensino, como universidades, ou mesmo projetos que ofereçam a escolas de nível médio uma porta de entrada para novos investidores.
As corretoras de valores começaram a desenvolver um trabalho muito positivo que levou muita gente para iniciativas de cunho educacional. Agora, talvez seja o momento de aprimorar esse aprendizado e oferecer mais oportunidade, sobretudo para quem deseja estudar em casa – os cursos online precisam ser mais bem trabalhados, estruturados e propagados.
Ora, todos nós buscamos um mercado de ações muito mais movimentado. Para alcançarmos esse objetivo, não será apenas vinculando esse “mercado” a uma personalidade. O trabalho precisa ser de formação. Felizmente, muitas pessoas estão dispostas a aprender e quem oferecer melhores opções para essas pessoas sairá na frente.
Que desafios você enxerga para popularizar a bolsa de valores? Se você ainda não investe em ações, não o faz por quê? O que gostaria de saber e não sabe? Como acredita que deve ser a entrada do investidor no mercado? Deixe sua opinião no espaço de comentários abaixo. Obrigado e até a próxima.
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