Não se engane! Você precisa acabar com as dívidas se quiser prosperar

Não se engane! Você precisa acabar com as dívidas se quiser prosperar

Quem se lembra da crise financeira vivida no mundo e no Brasil há alguns anos? Depois de um período de ajustes na economia, com demissões, diminuição no crescimento e alguma instabilidade, o mercado brasileiro volta a dar sinais de crescimento, com a taxa de desemprego ainda elevada, mas com alguns sinais de recuperação.

Indicadores de confiança acompanham o mercado e mostram que o consumidor acredita que o pior já passou e que a hora é de deixar o pior para trás. Empresas anunciam fusões e o mercado de ações volta a efervescer. Crise? Que crise?

O no de 2018 começou com alta no número de inadimplentes de 2,10% em janeiro, frente a janeiro de 2017, segundo o Indicador de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). É o maior ritmo de crescimento desde junho de 2016, quando tinha subido 2,78%.

O número total de inadimplentes chegou em janeiro de 2018 a 60,7 milhões, cerca de 40% da população adulta.

Aproveite para ler: Não se engane, você é o culpado por viver endividado. Mexa-se!

Toma lá, dá cá!

O que tudo isso tem a ver com a crise, mencionada no primeiro parágrafo? Vamos tentar chegar a uma conclusão juntos: você sabe quais são as maiores causas de inadimplência? Os consumidores com problemas de pagamento apontam a perda do emprego, o descontrole de gastos e emprestar o nome/cartão para familiares e amigos como os principais motivos.

Traduzindo, as chances de perder o emprego durante uma crise aumentam consideravelmente, o que explica o maior número de inadimplentes. A falta de planejamento impede que muitos brasileiros se preparem melhor para emergências e comprometam grande parte de sua renda com dívidas desnecessárias.

Quando há trabalho e emprego, falta bom senso e controle. Quando sobra algum capital, alguém logo pede emprestado e contribui para que tudo fique do mesmo jeito ou pior. É triste constatar que são muitos os brasileiros pagando dívidas empurradas dos últimos anos. Mais triste é saber que, para não ficarem de fora da “onda do consumo”, muitos deles já fizeram novas e maiores dívidas em 2018.

Leia agora: 5 lições que os superendividados precisam conhecer

Está tudo bem? Prepare-se para o pior!

O texto de hoje tem tons de indignação. A situação me preocupa, principalmente porque quando damos a volta por cima insistimos em cometer os mesmos erros. Esta não será a última crise, assim como 2018 não será o único ano de crescimento (é o que tudo indica, até o momento). Sabendo disso, o que você faz? Dar de ombros é comum, infelizmente. Proponho atitudes mais inteligentes:

  • Crie uma reserva de emergência. O momento em que você tem dinheiro disponível, fluxo de caixa previsível e possibilidade de se organizar tem que ser aproveitado para investir no futuro e criar oportunidades concretas de consumo e padrão de vida diante de futuras crises.
  • Evite comprometer mais do que 30% de sua renda mensal com dívidas de mais de 30 dias. Prefira negociar insistentemente e pagar quando tiver o dinheiro disponível à vista. Certifique-se que há dinheiro para a qualidade de vida, para os investimentos (pelo menos 10% da receita líquida) e para o básico;
  • Imponha e respeite limites para categorias de gasto do orçamento. Com o que você gasta seu dinheiro? Os inadimplentes têm sempre desculpas e justificativas para chegar ao final do mês com a corda no pescoço. Comece a anotar tudo o que recebe e gasta como uma simples experiência e depois de algum tempo observe suas anotações. “C@#%#$@, para onde foi meu dinheiro?” é uma reação bem comum. Mais sobre orçamento no artigo “Sua saúde financeira e os ‘Outros'”.

Leia também: Três principais erros dos endividados (e como enfrentá-los)

Conclusão

Como sempre, interpretar um artigo deste tipo é uma tarefa pessoal.

Possíveis reflexões sobre seu dia-a-dia financeiro só serão bem-vindas se você admitir que lidar bem com dinheiro deve ser uma de suas principais prioridades. Ou corremos o risco de continuar comentando números e conclusões cada vez piores sobre inadimplência, endividamento, crise etc. Terá fim essa história?

Você não pode delegar ou terceirizar suas responsabilidades nunca, portanto, lembre-se o primeiro passo para quem quer melhorar a situação financeira é eliminar as dívidas.

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