Um exemplo bastante positivo surgiu no campo do emprego. O índice de 5,7% de desempregados é o menor desde 2002, segundo o IBGE. Ótimo, mas o que esperar para de nossa economia em 2011? Continuaremos crescendo e garantindo a oportunidade de emprego para quem chega ao mercado de trabalho? Essa é apenas uma das questões que o novo governo precisará responder.
Governo que começa diante de um desafio: o alerta causado pela alta da inflação é um dos fatores de preocupação do mercado
Mais seriedade e infraestrutura
Parece cada vez mais claro que o nosso crescimento está limitado a 4% ou 5% ao ano sem que tenhamos que nos preocupar com a inflação. Depreende-se dessa observação algo no mínimo importante: um dos grandes temas de debate para o futuro é o crescimento sustentável. Como crescer de forma sustentada, sem sobressaltos? Como garantir crescimento da ordem de 6% ou mais, como em 2010, mas sem ter que ver os juros subindo?
Minha opinião é óbvia e direta: o governo precisa investir em infraestrutura para que nossas limitações de crescimento não se tornem problemas constantes para o desenvolvimento do país. Além disso, precisa gerenciar melhor seus próprios recursos e colocar em prática reformas importantes e o fim do inchaço da máquina pública.
Porque ao encarecer o crédito, aumentando os juros como medida para esfriar a economia
Taxa Selic, um remédio amargo
É claro que ao olharmos para o horizonte maior de tempo, a curva e a tendência de baixa na Selic são evidentes. Entretanto, o que fica nítido é que estamos, em alguns momentos, escolhendo como solução o procedimento mais fácil, rápido e não uma solução efetiva que passe pelo gerenciamento eficiente dos gastos públicos – o que aumentaria a capacidade de investimento do Estado.
Um novo governo é sempre uma oportunidade de fazer algo novo e melhor. Esperamos que o Banco Central continue tendo sua liberdade e autonomia na tomada de decisões, mas também que o governo possa fazer melhores escolhas e desenvolver controles, além de gastar melhor. Será preciso coragem, apoio político, disposição e muito trabalho, mas o Brasil
O Brasil precisa dar um salto de qualidade em todos os setores, inclusive para fazer bonito e aproveitar economicamente os benefícios dos eventos que teremos nos próximos anos (Copa, em 2014 e Olimpíadas, em 2016). Precisamos acelerar nossos passos de forma organizada e competente, mas acima de tudo de forma a fazê-los sair do papel.
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