Há muito tempo se discute a possibilidade de o trabalhador investir parte de seu FGTS em ações da Petrobras. A verdade é que tal chance não ganhou a simpatia do governo. A saída para o impasse só surgiu com a nova capitalização a ser realizada pela gigante brasileira do petróleo, que é parte das ações destinadas à exploração da camada do pré-sal. Discutiremos neste texto as mudanças propostas e o desenrolar da história até o presente momento.
Capitalização? Como assim?
Para crescer e fazer investimentos
Para pagar a União, investir em infraestrutura, exploração e contratação de pessoal, a Petrobras precisa de dinheiro. Alguns especialistas avaliam que o valor da emissão pode chegar a US$ 75 bilhões. Em suma, a capitalização significa ter mais dinheiro para investir em projetos da companhia voltados para o pré-sal.
Situação do projeto
Por enquanto, o projeto foi aprovado apenas na Câmara – o que já foi considerado um grande passo. O trâmite normal ainda exige que ele seja aprovado no Senado e então sancionado pelo presidente Lula. De forma resumida, as características da proposta até então são:
- Os trabalhadores que compraram ações da Petrobras com recursos do FGTS em 2000 poderão novamente adquirir ações
da capitalização usando dinheiro do Fundo; - O limite autorizado para compra das ações é de 30% do saldo em conta no Fundo. A compra de ações não poderá exceder o capital que o trabalhador já tem investido na empresa;
- Só poderão comprar ações e participar da capitalização aqueles que ainda não venderam seus ativos adquiridos em 2000;
- O resgate só poderá ser feito depois de ao menos 12 meses, quando então passam a valer as regras de resgate do FGTS. Não haverá cobrança de Imposto de Renda.
Interesse na Petrobras? Vale a pena?
Na prática, serão poucos os investidores
As ações da Petrobras estão oscilando e prometem volatilidade elevada no curto prazo, mas os horizontes podem ser interessantes se levarmos em conta que a gigante estatal quase não tem concorrência. A matemática neste caso parece bem simples: ainda que as ações ofereçam riscos e as incertezas continuem por algum tempo, é quase certo que os rendimentos serão maiores que os encontrados na média do FGTS, que perde sempre para a inflação do período.
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