Vamos abordar o caso Petrobras, lembrando que são apenas suposições sobre o desenrolar dos fatos. De qualquer forma, a empresa parece viver seu inferno astral.
De concreto tivemos na semana passada o rebaixamento do risco de crédito individual pela agência de classificação de risco Moody’s para ba1 e a manutenção do risco geral em Baa2. Porém, isso já foi suficiente para provocar nova queda em suas ações preferenciais de quase 4%, com essas ações acumulando desde o início de setembro perdas de quase 50%.
Como é de conhecimento geral, a empresa não conseguiu publicar seu balanço do terceiro trimestre com o parecer da auditoria PWC, divulgando que isso será feito em 12/12/14. Caso isso ocorra, deve conter uma série de notas explicativas sobre os fatos que circulam na imprensa e alertas aos acionistas. Caso não seja divulgado e chegue dessa forma ao final do ano, provavelmente trará complicações adicionais com o vencimento antecipado de bônus emitidos pela empresa.
Contra a Petrobras existem ainda todos os ruídos da delação premiada e cada dia ficamos sabendo de novos assaltos ao cofre da empresa com o superfaturamento de obras. Se até aqui é pouco, ainda temos que considerar a queda dos preços do petróleo no mercado internacional – o que reduz a geração de caixa da companhia.
Acrescente-se a isso os processos abertos nos EUA da SEC (Security Exchange Commission) e pelo Departamento de Justiça que em outras oportunidades e por razões até menores geraram multas milionárias, algumas atingindo mais de US$ 700 milhões. Não esquecer também que a CVM também abriu inquérito e pode estabelecer também penalizações. A situação extrema seria a suspensão de negociação com os ADRs, o que seria grave para a imagem da Petrobras.
Fica claro que acontecendo situações dessa ordem ou não, a imagem da empresa orgulho nacional ficou bastante prejudicada. Isso certamente dificulta sua capitalização e/ou encarece a tomada de recursos no mercado internacional. Notem que a empresa deve fazer rolagem de operações da ordem de US$ 12 bilhões ao longo de 2015 e que tem investimentos pesados em todos os próximos anos. Isso, numa situação de endividamento crescente e baixa geração de caixa, passa a ser um problema enorme.
E não é só isso. Dada a liderança nacional da empresa, afeta também as demais empresas de controle do Estado e até o segmento privado de empresas que buscam recursos no segmento internacional. Como se vê o dano foi grande e terá desdobramentos. Os acionistas minoritários e investidores estrangeiros estão se movimentando e isso é só mais uma encrenca que a empresa terá que conviver.
Dissemos tudo isso para alertar sobre os riscos na escolha de seus investimentos. Quando se trata de investimentos de risco e seleção de aplicações, deve ser ainda mais criteriosa. Que tal entregar boa parte de seus recursos para equipes experientes que lidam diariamente com isso? Que tal aplicar em fundos de investimentos com consistentes históricos de retorno? Que tal acessar o site da Órama e ver qual a melhor forma de aplicar recursos dentro do seu nível de risco e expectativa de retorno?
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Nota: Esta coluna é mantida pela Órama, que contribui para que os leitores do Dinheirama possam ter acesso a conteúdo gratuito de qualidade.
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