Logo, usar o cartão de crédito como instrumento de compra é algo interessante e inteligente, mas a atitude traz um perigo clássico e pouco levado a sério no orçamento e planejamento familiar: é comum notar a conta única “Cartão de crédito” em muitos orçamentos, onde são lançados apenas os valores das faturas pagas mensalmente. O que está errado? Ora, sabe-se que determinado valor foi gasto no cartão de crédito, mas o que foi comprado? Roupa, comida ou combustível? Não raro, sem saber ao certo o que vai vir na fatura, inúmeras pessoas ficam sem recursos para o pagamento integral da fatura, entrando no extorsivo rotativo (pagamento mínimo).
A questão-chave diz respeito ao uso do cartão como meio de pagamento e do apontamento de seus valores como uma simples conta-macro no orçamento. E isso acontece bastante, especialmente quando se compra algo dividido em muitas parcelas. Simplesmente lançar o valor da fatura e não preocupar-se em detalhá-la é mais fácil e rápido – a preguiça institucionaliza-se e o hábito perigoso se torna parte da rotina. Perigoso? Sim, porque apesar de haver controle financeiro, ele é realizado de forma parcial é falha.
A solução para o problema é óbvia e muito simples: apontar a real utilização do dinheiro destinado ao cartão de crédito dentro das contas específicas, como “Alimentação”, “Transporte”, “Carro”, “Lazer”, “Roupas e Acessórios” e etc. E, claro, ao mesmo tempo manter o controle do total gasto no cartão para que se possa comparar a evolução de seu uso e fazer um orçamento
1. Tenha, no máximo, três cartões de crédito. A dica do terapeuta financeiro Reinaldo Domingos (Presidente do Instituto DiSOP e autor do livro “Terapia Financeira”) é mais clara: “se você recebe salário e seus ganhos chegam uma vez por mês, tenha apenas um cartão (uma data de vencimento). Se você é autonômo e recebe em datas diferentes dentro do mesmo mês, opte por três cartões e tenha datas de vencimento intervaladas, como por exemplo, dias 10, 20 e 30. Não mais do que isso”. Programe-se para estes pagamentos e dê um fim aos demais cartões.
2. Ao realizar uma compra no cartão, anote imediatamente os gastos e classifique-os dentro de seu orçamento. Ao chegar em casa, lance em sua planilha ou sistema o gasto com aquela conta (“Alimentação”, por exemplo), colocando-o com a data da fatura. Já que o pagamento ainda não ocorreu, a conta ficará como uma despesa futura. Tudo bem, afinal sssim você sabe quanto precisará ter para quitar o débito com a administradora do cartão e também onde gastou aquele dinheiro, além de enxergar no controle
3. Ao parcelar a compra, tenha a disciplina necessária para também apontar os gastos futuros e classificá-los. Trata-se de realizar os mesmos passos do item anterior, mesmo que as parcelas sejam para os próximos 12 meses. Deixe a preguiça de lado, acesse o registro de cada um desses meses, lance e classifique as despesas do cartão. Ora, se você terá um gasto mínimo mensal nos próximos meses, precisa conhecê-lo e enxergá-lo com facilidade.
Se a mudança de hábito proposta não funcionar, experimente usar menos o cartão de crédito. É importante aceitar que um orçamento detalhado permite que você encontre com facilidade onde estão os abusos e deslizes. Muitas vezes, uma conta “Cartão de Crédito” genérica esconde hábitos consumistas perigosos – e nós precisamos combatê-los. Se não conseguir fazer isso com disciplina, evite usar o dinheiro de plástico e faça disso um hábito. Se você já utiliza o dinheiro de plástico e mantém registros detalhados e muito bem classificados de suas compras, ótimo! Parabéns.
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Crédito da foto para stock.xchng.