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Padrão de vida e dinheiro: você gasta mais do que ganha?

por João Kepler
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Padrão de vida e dinheiro: você gasta mais do que ganha?

Muitas pessoas, principalmente os jovens, têm dificuldade de entender uma regra básica de sobrevivência: gastar menos do que ganha. O que quero alertar é o que vai além da educação financeira, quero também chamar atenção para a questão da perspectiva e de padrão de vida.

Muitos ganham o suficiente para se manter, se divertir e poupar; outros precisam de duas vezes o que ganham hoje para continuar mantendo o que acham importante ter, mostrar e fazer.

Eu sei que muitos se apresentam de forma que não podem bancar simplesmente porque precisam ser socialmente “iguais” ou “melhores” que seus pares. Eu entendo e tenho pensado muito sobre isso em relação aos empreendedores.

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Outro dia li um texto do Tony Robbins que dizia que somos como uma “máquina de fazer dinheiro”. Se você parar de trabalhar, a máquina para, o fluxo de caixa para, sua renda para, ou seja, você recebe de volta apenas o que você colocar nela.

Mas a questão principal é: sua máquina não pode somente continuar trabalhando até que você tome a decisão financeira mais importante da sua vida. Pense em:

  • Qual parte do que você ganha você vai usar para se manter?
  • Quanto você vai reservar?
  • Quanto você vai usar para pagar gastos extras?

Mesmo que seja com variável, transforme todas essas respostas em percentual e siga esse plano. A ideia é simples e básica, passa por fazer um orçamento das despesas, avaliar o que é necessidade mesmo e só gastar aquilo que for preciso.

Agora, se as suas necessidades são maiores do que o total que você ganha, trate de reduzir rapidamente o seu padrão de vida (a menos que você esteja disposto a trabalhar mais só para rolar e pagar juros bancários ou do cartão de crédito).

Não adianta, por exemplo, ganhar R$ 2 mil e gastar R$ 4 mil. Acredite, o padrão de vida é uma questão de costume. Você vai se acostumar rapidamente ao enquadramento do seu orçamento, basta começar. Ah, lembre-se que show off (aparecer!) não é investimento!

A questão não é relativa a deixar de fazer todas as coisas que te dão prazer só para economizar, mas deixar de fazer algumas coisas que você faz só para “aparecer” e que vai te fazer falta. O ideal é gastar menos e apenas em que for necessário. Por exemplo:

  1. Por que morar em um lugar que não se encaixa no seu orçamento?
  2. Por que tem um carro que o IPVA e o seguro são caros e pesam no seu bolso?
  3. Por que usa roupa de marca, se você pode usar um fast fashion?

Não adianta viver só para trabalhar e sei que não podemos abrir mão de todos nossos pequenos prazeres, porém, como disse, o mais importante não é quanto você ganha, mas como gasta seus recursos.

Uma boa notícia é que os valores estão mudando. Hoje, a sociedade e o ecossistema empreendedor dão muito mais valor ao capital intangível, o intelectual, do que em outras épocas.

Coisas como colaboração, compartilhamento e reciprocidade são as moedas mais valiosas deste século. Portanto, se você quer ou precisa aparecer, economize seu suado dinheiro com bens materiais e mostre-se de outra forma.

Se você se identificou com este relato, aproveite e comece agora a olhar por outras perspectivas e a repensar suas despesas, pois o homem só tem valor na área intelectual pelo o que ele sabe e, na área financeira, pelo o que tem em caixa e não pelo o que ele aparenta ter.

Pratique já a educação financeira já! A sua postura fala muito sobre você. Até a próxima!

Foto “Budgeting”, Shutterstock.

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