Petrobras, PT e a Economia: Política influenciando Mercados

Não bastasse as sucessivas pesquisas sobre corrida presidencial para as próximas eleições ainda muito antecipadas, ainda temos todos os eventos políticos servindo para criticar o governo ou para defesa do mesmo.

Nessa semana foi instalada, no Senado, a CPI para apurar ilícitos na Petrobras com aquisição da refinaria de Pasadena. Numa CPI “chapa-branca”, na qual o governo tem ampla maioria, dificilmente se conseguirá concretamente apurar algo. Servirá somente de palco para defesa do governo.

A festa já começou com o depoimento do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. Ele afirmou que, desde 2013, a refinaria de Pasadena voltou a ser um bom negócio e lucrativa, tendo recebido prêmio por segurança e preservação ambiental.

Também sem qualquer constrangimento, Gabrielli retirou qualquer culpa dos ombros da presidente Dilma (na condição de presidente do conselho da Petrobras), desdizendo declarações anteriores.

A oposição que insiste numa CPI exclusiva e mista (Câmara e Senado), até aqui deu “tiro no pé” e não compareceu ao depoimento de Gabrielli, transformando o depoimento em encontro de compadres.

Ficou faltando explicar melhor outros eventos, como a unidade de Abreu e Lima em malfadada associação com a Venezuela do falecido (mas sempre presente) Hugo Chávez, que não aportou qualquer recurso, a aquisição de refinaria no Japão e principalmente a unidade do Maranhão que já gastou bilhões de reais e não saiu do chão.

Gabrielli até insinuou que a decisão de investir em refinarias no exterior era obra do governo de FHC, tentando dividir um pouco da culpa. Bom, de quebra ainda teremos outro depoimento (mais um) da presidente Graça Foster, aprimorando discurso em prol do governo.

Repito que dificilmente se conseguirá apurar alguma coisa e principalmente punir culpados. Até o diretor Paulo Roberto já foi solto nessa semana e, com o culpado por tudo, Cerveró (bode expiatório), nada aconteceu. Ao contrário, durante o processo e segundo a presidente Foster, o culpado foi despromovido para diretor financeiro da Petrobras Distribuidora (?).

Precisamos deixar de ser uma republiqueta subdesenvolvida latina e apurar com vigor esses ilícitos, ou, como quer a presidente, os malfeitos. Precisamos lutar para que a Petrobras volte a ser uma empresa pública, e não uma empresa privada do PT e/ou de poucas pessoas próximas ao poder.

É preciso exercitar com rigor a boa governança corporativa e criar valor para a companhia, destruída nos últimos tempos. Afinal, sendo uma empresa de capital aberto e com inúmeros investidores, não deveria ser administrada como sendo propriedade de poucos.

Coitados dos investidores estrangeiros que acreditaram na empresa e assumiram posições expressivas em seu capital. Mais coitados ainda os investidores que usaram recursos do FGTS para adquirir ações, acreditando que conseguiriam fugir da baixa remuneração de seus recursos confiados ao fundo.

É preciso colocar ordem na casa! É por isso que sempre recomendamos prudência na assunção de riscos, notadamente quando estamos lidando com empresas de controle estatal.

Por isso reitero que aplicar parte de seus recursos em bons fundos de investimentos de gestores independentes é uma boa alternativa, já que estes profissionais são focados e especializados na gestão de recursos, além de serem mais ágeis na hora de montar e desmontar estratégias, evitando, desta forma, a perda de capital em uma situação como a da Petrobras.

Sugerimos conhecer os fundos Órama, com opções para diferentes perfis de risco. Obrigado e até a próxima.

Foto “Business man from Brazil”, Shutterstock.

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