O PIB caiu -0,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre, segundo divulgou o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o PIB recuou 3,8%. O resultado representa a sexta queda trimestral consecutiva, e veio pior do que a mediana das expectativas dos analistas.
Apesar do recuo, dois componentes importantes que sinalizam uma saída da recessão – a indústria e o investimento – mostraram leve avanço na comparação trimestral. Por outro lado, o consumo das famílias (um dos motores de crescimento da economia) registrou o sexto trimestre consecutivo de recuo.
A indústria registrou leve avanço de 0,3%, enquanto os investimentos (medidos pela formação bruta de capital fixo) tiveram o primeiro resultado positivo depois de dez trimestres de recuo: +0,4%.
A agropecuária sofreu contração de 2%, enquanto os serviços apresentaram recuo de 0,8%, também na comparação ante o trimestre imediatamente anterior.
A continuidade da retração do PIB pode ser explicada:
- Pelo consumo das famílias, que continua em queda (-0,7%);
- pelo consumo da administração pública, que variou -0,5% na comparação trimestral, após crescer 1% no primeiro trimestre;
- pela desaceleração nas exportações, que cresceram 0,4% no segundo trimestre após registrar 4,3% de alta no trimestre anterior; e
- pela alta nas importações, que cresceram 4,5%.
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Equipe econômica de Temer acredita em corte de juros apenas em 2017
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a equipe do presidente interino, Michel Temer, já trabalha com a possibilidade de a taxa de juros começar a cair só no próximo ano. O motivo é o ritmo ainda lento de queda da inflação e da demora na aprovação das medidas fiscais propostas pelo governo.
No início de maio, Temer acreditava que a taxa Selic, referência de juros para o mercado financeiro, começaria a ser reduzida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na reunião marcada para outubro.
Assessores presidenciais avaliam agora que as melhoras no cenário econômico ainda não são suficientes para o BC cortar a taxa de juros.
A avaliação do governo e dos analistas do mercado é que a taxa básica de juros será mantida em 14,25% ao ano na reunião do Copom que termina nesta quarta (31). Neste ano, o comitê do Banco Central terá mais dois encontros, em outubro e novembro.
Para a equipe de Temer, a rápida aprovação das medidas de ajuste propostas pelo governo ao Congresso poderia tornar viável a redução dos juros ainda neste ano.
INSS: beneficiários serão convocados por carta para realização de perícia
A convocação dos beneficiários de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez que terão de passar por nova perícia será feita por carta, com aviso de recebimento.
Nos casos de segurados com domicílio indefinido ou em localidades não atendidas pelos Correios, a convocação se dará por edital publicado em imprensa oficial.
A determinação está em resolução do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira. O INSS poderá adotar outras formas de convocação, caso necessário, diz o texto.
Depois do recebimento da carta ou edital, o beneficiário tem 5 dias úteis para agendar a perícia médica, por meio da Central de Teleatendimento 135.
Mercado financeiro
O mercado financeiro acompanha os momentos derradeiros do julgamento de impeachment da Presidente Dilma Rousseff. As projeções indicam o afastamento definitivo de Dilma.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, operava às 11h59 com baixa de -1,15% com 57.900 pontos, o dólar caía -0,21% negociado a R$ 3,23.