Putin diz que Rússia é “parceira confiável” para África

Putin acrescentou que a transição global para uma economia mais verde e com baixas emissões de carbono teria de ser "gradual, equilibrada e cuidadosamente calibrada", dadas as projeções para um maior crescimento da população mundial e da procura de energia (Imagem: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS)

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na cúpula do Brics na África do Sul, nesta quinta-feira, que Moscou pretende aprofundar os laços com os países africanos e que continuará sendo uma parceira confiável para o fornecimento de alimentos e combustíveis.

Num discurso por videoconferência, Putin afirmou que a Rússia está interessada em desenvolver “laços multifacetados” com a África, que tem sido abalada pelos aumentos dos preços dos combustíveis e dos alimentos resultantes do conflito na Ucrânia.

A saída da Rússia do acordo de grãos do Mar Negro em julho fez com que os preços dos grãos disparassem, atingindo duramente muitos países africanos. A Rússia e a Ucrânia estão entre os maiores exportadores de grãos do mundo.

No discurso, Putin também disse que a Rússia tem mais de 30 projetos energéticos em países africanos, acrescentando que o fornecimento de combustível russo ajudará os governos africanos a conter os aumentos de preços.

“Nos últimos dois anos, as exportações para África de petróleo bruto russo, produtos petrolíferos e gás natural liquefeito aumentaram 2,6 vezes”, disse ele.

Putin acrescentou que a transição global para uma economia mais verde e com baixas emissões de carbono teria de ser “gradual, equilibrada e cuidadosamente calibrada”, dadas as projeções para um maior crescimento da população mundial e da procura de energia.

A Rússia está empenhada em transformar o grupo Brics – que atualmente inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – num bloco mais influente, capaz de desafiar o domínio ocidental da economia global.

Na cúpula de três dias em Johanesburgo esta semana, os líderes do Brics concordaram em convidar mais seis países – Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – a aderir ao bloco.

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