Qual título do Tesouro Direto comprar agora?

Os analistas sugerem um alongamento tático (duration) na posição do Tesouro Direto em um vencimento em 2035

Os analistas sugerem um alongamento tático (duration) na posição do Tesouro Direto em um vencimento em 2035 (Imagem: Pexels/ Anna Nekrashevich)

O mercado de títulos do Tesouro Direto tem se movimentado bastante no primeiro ano do governo Lula. Com isso, o que comprar agora?

A equipe econômica de Fernando Haddad tem trazido novidades macroeconômicas que tem se refletido diretamente na curva de juros no mercado financeiro.

O total de investidores ativos no Tesouro Direto, que possuem com operações em aberto, chegou a 2.292.783 em agosto. É um aumento de 12,4% em 12 meses.

Finclass Junqueira

As projeções para a queda da taxa Selic tem se intensificado após o corte inesperado de 50 pontos-base na Selic aplicado em agosto.

O último boletim Focus do Banco Central projeta o juro do Brasil a 11,75% no final do ano, queda de 1,5 p.p. na comparação com os 13,25% atuais.

Além disso, a inflação está com um comportamento controlado. O mercado estima o IPCA 4,92% em 2023.

O PIB tem surpreendido positivamente ao crescer bem mais do que o esperado no segundo trimestre, por exemplo. A economia avançou 0,9% e motivou revisões positivas para o ano, que chegaram a 2,56%.

Plano internacional

Nos EUA, o mercado espera que a próxima reunião do Federal Reserve, em 20 de setembro, traga uma manutenção do juro no intervalo de 5,25% a 5,5%.

Já para novembro, entretanto, o mercado está dividido entre uma nova alta de 0,25 p.p. ou a manutenção do patamar atual. As quedas só vitiam a partir do 2º trimestre de 2024.

O que comprar agora?

O estrategistas do Santander Ricardo Peretti e Alice Corrêa entendem que o momento ainda pede uma alocação no Tesouro IPCA+ principal.

Eles, contudo, sugerem um alongamento tático (duration) na posição em um vencimento em 2035.

“Se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco (menores ruídos políticos, inflação convergindo à meta no médio prazo epromessas de responsabilidade fiscal em 2023-2024), podemos ver um menor prêmio de risco para os títulos públicos reais, favorecendo a marcação a mercado dos mesmos”, avaliam.

Segundo eles, caso apercepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação do título recomendado exercerá sua função.

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