Robô brasileiro ajuda agricultor no manejo de lavouras

A gigante do setor de açúcar e etanol Raizen está entre as empresas que estão recebendo entregas do robô da Solinftec (Imagem: Reprodução/Freepik/@vecstock)

A gigante do setor de açúcar e etanol Raizen está entre as empresas que estão recebendo entregas do robô da Solinftec (Imagem: Reprodução/Freepik/@vecstock)

A Solinftec, startup brasileira de agricultura, planeja acelerar as entregas de seu robô agrícola no Brasil e nos Estados Unidos, disse o CEO Britaldo Hernandez em uma entrevista, em um sinal da crescente demanda por ferramentas de “agricultura de precisão” em dois dos maiores produtores de alimentos do mundo.

Vendida a um preço de 50 mil dólares, a unidade Solix AG Robotics pode mapear lavouras e monitorar o desenvolvimento de plantas individualmente, bem como pulverizar herbicidas de maneira dirigida e com menores custos.

A Solinftec planeja entregar 40 unidades aos clientes este ano e 250 no próximo ano nos EUA e no Brasil, disse Hernandez, em comparação com 20 unidades entregues em 2022.

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A companhia tem capacidade de produzir 1.600 unidades por ano em duas fábricas, uma no Brasil e outra nos EUA.

Esse é o primeiro robô desenvolvido para agricultura em larga escala, segundo a empresa.

Assim como outras tecnologias de agricultura de precisão, incluindo drones e imagens de satélite, o robô ajuda agricultores a evitar o desperdício e permite o uso de dados com o fim de melhorar a produtividade e fomentar práticas de produção mais sustentáveis.

A máquina, que conta com inteligência artificial, inclui um recurso “caçador”, que elimina insetos usando feixes de luz e choques elétricos, disse Hernandez.

“Se o robô puder andar 24 horas por dia, durante todo o ano na propriedade, ele poderá entender e agir em todo o ecossistema da fazenda”, disse ele. “Queríamos um robô que vivesse na fazenda.”

Os agricultores do cinturão de milho dos EUA que testaram o recurso de pulverização do robô reduziram o uso de herbicida em até 95%, em média, disse a Solinftec.

Hernandez disse que o robô, que funciona com energia solar, pode monitorar todos os tipos de culturas, incluindo soja, milho, cana-de-açúcar, cebola, batata e tomate.

A Solinftec, que tem entre os investidores a família Trajano, proprietária da varejista Magazine Luiza, afirma ter receitas recorrentes de 60 milhões de dólares por ano.

A gigante do setor de açúcar e etanol Raizen está entre as empresas que estão recebendo entregas do robô da Solinftec, enquanto o conglomerado de grãos Amaggi já usa o equipamento, disse Hernandez.

Cerca de 300 clientes fizeram pedidos e atualmente aguardam a entrega, de acordo com as informações divulgadas pela empresa.

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