Sabesp pode decolar até 170% com privatização, alerta Safra

Se o modelo de privatização replicar pelo menos os incentivos observados no segmento de distribuição de energia, o Safra estima uma reavaliação de R$ 61,1 por ação (Imagem: Dinheirama)

As ações da Sabesp (SBSP3) estão com um bom ponto de entrada, avalia o Banco Safra em uma revisão das suas estimativas para o setor de saneamento na Bolsa brasileira.

Segundo um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (30), tanto os papéis da estatal de São Paulo quanto a Copasa (CSMG3), estão avaliadas a 1 vez o valor da empresa sobre a Base de Ativos Regulatórios (EV/RAB), contra o múltiplo de 0,76 vez para 2023 em que estão negociando atualmente.

Os analistas consideram o nível conservador, em comparção aos múltiplos implícitos mais elevados de pares.

O novo preço-alvo estimado pelo Safra para a Sabesp é de R$ 80,20 (de R$ 64,60) e de R$ 27,40 (a partir de R$ 18,40) para a Copasa. A recomendação para ambas é de compra.

Mudanças

Em um cenário de privatização que desencadeie uma mudança no modelo atual regulatório do saneamento para um regime de tarifa fixa durante pelo menos alguns anos da concessão, o potencial para as ações seria ainda maior, tendo em vista que elas poderiam capturar benefícios do seu desempenho operacional superior, levando a um serviço mais eficiente.

“Este modelo também seria menos sujeito a interferências políticas, reduzindo assim a incerteza regulatória, o que poderia levar a uma redução do custo da dívida e a um quadro mais estável para investimentos na área de concessão”, ressalta o relatório.

Desta forma, se o modelo replicar pelo menos os incentivos observados no segmento de distribuição de energia, o Safra estima uma reavaliação de R$ 61,1 por ação (+76%) para a Sabesp e de R$ 18,9 por ação (+69%) para a Copasa em comparação às vantagens versus o esquema regulatório atual.  

Somando-se aos novos preços-alvo, esse cenário mais otimista levaria a ação da paulista a R$ 141,30, com potencial de 170% em relação com o valor atual, e da mineira para R$ 46,30, com potencial de 152%.

“As privatizações recentes sugerem os passos que estão por vir”, apontam os analistas.

A Sanepar (SAPR11) também foi reavaliada pelo Safra e teve o seu preço-alvo elevado de R$ 20,70 para R$ 25,90, mas com a recomendação cortada de neutra para desempenho abaixo da média (underperform). 

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