Saiba como Vão se Chamar os Títulos do Tesouro Direto

Foto Shutterstock

Depois de realizar uma pesquisa juntos aos investidores, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) constatou a necessidade de alterar o nome dos títulos públicos negociados através do programa Tesouro Direto. Os nomes atuais são sopas de letrinhas e não refletem as características específicas de cada título.

Os novos nomes incluem  a taxa à qual o título está atrelado e o ano de vencimento. Assim, de agora em diante, será possível identificar o risco do título através do seu nome, simplificando a tomada de decisão.  Abaixo seguem os novos nomes dos títulos negociados no Tesouro Direto acompanhados de uma breve descrição.

Tesouro Selic 20XX

Até então conhecidos como Letras Financeiras do Tesouro (LFT), o rendimento desses títulos segue a variação da taxa básica de juros.  A remuneração é pós-fixada, ou seja, o resultado do investimento só é conhecido na data de vencimento ou no momento do resgate.

Contudo, como a variação da taxa Selic não é grande, conseguimos estimar com boa precisão a rentabilidade desses títulos.  Nunca apresentam variação negativa.  Assim sendo, são recomendados para investidores conservadores, e também para aplicar os recursos de curto prazo.

Quando a taxa Selic está em trajetória de alta, a remuneração desses títulos se torna mais atraente. Quanto maior a Selic, maior o rendimento.

Tesouro Prefixado 20XX

Os ganhos obtidos com o investimento nesses títulos, antes chamados Letras do Tesouro Nacional (LTN), são conhecidos na data da negociação, ou seja, são títulos prefixados. No vencimento, o investidor receberá de volta o valor aplicado mais o rendimento.

Os preços desses títulos são impactados pelas expectativas dos investidores quanto à inflação e aos juros futuros.  Assim sendo, o preço varia todos os dias. Alguns dias a variação é positiva, outros não. Quanto mais distante a data de vencimento do título, maior pode ser a oscilação.

São títulos mais rentáveis quando o quadro econômico é estável ou a tendência da taxa de juros é de queda. Porém, por serem mais arriscados, são indicados para diversificar carteiras de investimentos ou para investidores com objetivos de médio ou longo prazo.

Tesouro Prefixado com juros Semestrais 20XX

Também são títulos prefixados, ou seja, o rendimento total já é conhecido no dia da aplicação. Entretanto, pagam juros todos os semestres até o vencimento do título, quando também retornam o valor investido.

Antes conhecidas com Notas do Tesouro Nacional Série-F (NTN-F), os preços também variam conforme as expectativas para a inflação e juros futuros. Quanto maior o prazo do título, maior é a oscilação esperada.

Dessa forma, são títulos que possuem certo grau de risco. Mais recomendados para os momentos de taxa de juros em queda, seja para diversificação ou para objetivos de médio ou longo prazo, pois podem apresentar rentabilidade negativa.

Tesouro IPCA + com juros semestrais 20XX

Títulos que misturam características dos títulos pós e prefixados. Essas aplicações são corrigidas pelo índice de inflação, o IPCA, e pagam juros prefixados, semestralmente.

Até o momento, chamadas por Notas do Tesouro Nacional Série-B (NTN-B), também apresentam certo grau de risco, o qual está diretamente relacionado com as expectativas em torno da inflação e dos juros futuros e também do prazo do título. Títulos com vencimentos mais longos são mais arriscados em cenários de incertezas.

Tesouro IPCA + 20XX

Também combinam características dos títulos pós e prefixados. São ajustados diariamente pelo índice de inflação, o IPCA. Contudo, é só no vencimento que o investidor vai receber o valor aplicado corrigido pela inflação mais o rendimento definido no momento da aplicação.

Ainda conhecidos como Notas do Tesouro Nacional Série-B Principal (NTN-B Principal), são mais arriscados, pois os preços desses títulos são formados com base nas expectativas sobre a inflação e juros futuros e também no prazo do título. O fato de não pagarem juros regularmente, aumenta o risco do investimento.

Fundos que aplicam em títulos do Tesouro

Na ÓRAMA ainda não é possível negociar diretamente os títulos do Tesouro. Todavia, o investidor pode aplicar de forma ainda mais prática através dos Fundos ÓRAMA DI Tesouro Master e ÓRAMA Inflação.

O ÓRAMA DI Tesouro Master é um Fundo de baixíssimo risco. Aplica em títulos públicos pós-fixados (Tesouro Selic) e, por isso, são indicados para investidores conservadores e para compromissos de curto prazo.

Rende mais do que a Poupança, sua taxa de administração é bastante baixa, apenas 0,3% ao ano. Ainda é um produto seguro e também oferece liquidez diária.

O ÓRAMA Inflação é Fundo de risco moderado e sua carteira é composta por títulos atrelados ao IPCA e que pagam juros prefixados (Tesouro IPCA + com juros semestrais e Tesouro IPCA) , em geral, de vencimentos mais curtos, com a finalidade de minimizar o risco do Fundo.

É uma opção para investidores que procuram diversificação para suas carteiras e que têm objetivos de médio ou longo prazo.

Nota: Esta coluna é mantida pela Órama, que contribui para que os leitores do Dinheirama possam ter acesso a conteúdo gratuito de qualidade.

Foto: Hand putting a gold coin in funny pink piggy bank money box, Shutterstock.

Postagens relacionadas

Como proteger o chip de clonagem no celular

Em 2º lugar no ranking mundial, influenciadores brasileiros buscam se capacitar como empreendedores

Brasil evita perda de R$ 6,2 bi em fraudes digitais em um semestre