Sindicato e montadoras dos EUA buscam acordo para prevenir extensão de greve

A greve coordenada ocorre em um momento em que a aprovação dos sindicatos pelos norte-americanos (Imagem: Reprodução/REUTERS/Rebecca Cook)

A greve do sindicato United Auto Workers (UAW) contra três grandes montadoras dos Estados Unidos entra em seu quarto dia nesta segunda-feira, enquanto os dois lados tentam chegar a um acordo para evitar interrupções dispendiosas em mais fábricas.

Os negociadores do sindicato e os representantes de General Motors, Ford e Stellantis vão retomar as negociações nesta segunda-feira, buscando encerrar uma das mais ambiciosas ações trabalhistas do setor industrial norte-americano em décadas, que viu o sindicato fazer greves simultâneas contra as três montadoras pela primeira vez.

A greve coordenada ocorre em um momento em que a aprovação dos sindicatos pelos norte-americanos está em seu ponto mais alto em décadas, mesmo que a filiação a eles permaneça praticamente inalterada.

Cerca de 12.700 trabalhadores do UAW estão em greve como parte de uma ação trabalhista coordenada que tem como alvo três fábricas de montagem – uma de cada montadora, depois que os acordos trabalhistas anteriores expiraram.

Analistas e executivos do setor questionam quanto tempo levará até que o UAW entre em greve em outras fábricas, em um movimento para aumentar a pressão sobre as empresas.

O presidente do UAW, Shawn Fain, disse no domingo que o progresso nas negociações tem sido lento e que o sindicato está preparado para fazer o que for necessário quando perguntado se a organização estenderá a greve nas três montadoras para outras fábricas nesta semana.

Cerca de 12.700 trabalhadores do UAW estão em greve como parte de uma ação trabalhista coordenada que tem como alvo três fábricas de montagem (Imagem: REUTERS/Mario Anzuoni)

As greves interromperam a produção em três fábricas nos Estados de Michigan, Ohio e Missouri, que produzem o Ford Bronco, o Jeep Wrangler e o Chevrolet Colorado, além de outros modelos populares.

As três montadoras propuseram aumentos de 20% durante o período de quatro anos e meio de seus acordos propostos, embora isso seja apenas metade do que o UAW está exigindo até 2027.

Além de salários mais altos, o UAW também está exigindo semanas de trabalho mais curtas, restauração de pensões de benefícios definidos e maior segurança no emprego, à medida que as montadoras fazem a mudança para a produção de veículos elétricos.

Postagens relacionadas

Belo Monte muda estratégia de comercialização e defende nova remuneração para hidrelétricas

Entenda as taxas de compras internacionais

Mega-Sena sorteará neste sábado R$ 40 milhões